Desde que Lucas foi vendido ao Paris Saint-Germain, em agosto, não houve um dia em que ele não tivesse dito que fazia questão absoluta de deixar o São Paulo com um título. E isso ele conseguiu. Nem mesmo a bizarra situação ocorrida no Morumbi, a de uma final disputada pela metade, estragou a festa do atacante.
Assim que o árbitro chileno Enrique Osses sacramentou o prematuro fim da partida, Lucas correu para o distintivo são-paulino construído ao lado do gramado do Morumbi e lá se ajoelhou para receber a consagração de uma torcida que gritou seu nome com mais força do que nunca.
E havia mais: após receber o troféu destinado ao melhor jogador da Copa Sul-Americana, Lucas recebeu uma homenagem inesperada de Rogério Ceni. Ao goleiro cabia a deliciosa tarefa de levantar a taça, mas ele colocou a faixa de capitão no braço direito do menino e deixou que ele erguesse o troféu. Lucas estava claramente emocionado.
"Eu queria agradecer a todos vocês por todo o carinho, todo o amor", disse Lucas à torcida em um microfone conectado ao sistema de som do Morumbi. "Eu estou indo, mas podem ter a certeza de que cada um de vocês vai estar dentro do meu coração. E o São Paulo principalmente porque eu amo esse clube. Um dia eu quero voltar a vestir essa camisa maravilhosa e ganhar muitos títulos aqui".
O jogo desta quarta-feira era absolutamente especial para Lucas e isso ficou ainda mais claro quando ele pisou no gramado do Morumbi e percebeu que a torcida já estava com saudades. Torcedores exibiram uma grande faixa com o desenho do rosto do garoto e, pendurada em balões, fizeram essa faixa voar por cima do Morumbi. A massa cantou seu nome por um bom tempo e ele recompensou esse carinho todo com o gol que abriu o caminho do título da competição continental.
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