A procura por um novo treinador faz com que a diretoria do Palmeiras olhe também para fora do Brasil. O ex-lateral e atual treinador Arce e Ricardo Gareca estão na seleta lista de treinadores que serão sondados pelos dirigentes do time antes que eles definam quem vai substituir Gilson Kleina. Mas se depender do zagueiro Lúcio, a vaga será preenchida por um técnico do Brasil.
"É uma outra cultura. Tem que saber se ele fala português fluente para passar todas as orientações. É complicado. É mais fácil para ele e para nós, porque tudo influencia", disse o capitão palmeirense, que acredita ser necessário um treinador brasileiro pois a equipe não tem muito tempo para perder.
"Futebol é dinâmico e tem momentos que não dá para parar e explicar devagar. Fica bem mais difícil alguém que não domina a língua", avisou o defensor. Entretanto, Lúcio garante que não tem qualquer interferência na escolha. "Meu foco está no campo. Os jogadores estão fechados ao máximo para isso (falta de técnico) não atrapalhar o nosso rendimento."
Lúcio pode não gostar da possibilidade, mas existem chances reais do técnico do Palmeiras ser um estrangeiro. A favor do paraguaio Arce, conta seu passado pelo clube e o fato de saber falar português, já que além de jogar muitos anos no Palmeiras, também defendeu o Grêmio e fez estágio para treinador com o técnico Luiz Felipe Scolari. Já Gareca conta com a experiência. O argentino já tem 56 anos e até o ano passado trabalhava no Vélez Sarsfield, onde saiu após quatro temporadas. Ele também negocia com o Universidad do Chile e com times do futebol espanhol.
Além dos dois estrangeiros, quem também está na disputa são Dorival Júnior e Vanderlei Luxemburgo, que estão desempregados desde o fim do ano passado. Enquanto não define quem será o técnico, Alberto Valentim permanece como interino e será o comandante da equipe na partida contra o Vitória, domingo, em Salvador, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
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