Má gestão e 'contrato largado em gaveta' facilitam saída de Diogo Barbosa do Cruzeiro

Guilherme Guimarães e Alexandre Simões
esportes@hojeemdia.com.br
14/11/2017 às 19:14.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:42
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

Os últimos dias da gestão Gilvan de Pinho Tavares no Cruzeiro mostram que o clube ficou bastante desorganizado, principalmente pela questão que envolve o lateral-esquerdo Diogo Barbosa. Com a possiblidade de dar adeus ao time celeste, o jogador pode assinar contrato com o milionário Palmeiras. Mas quem toma conhecimento de toda a história por trás da negociação entende o motivo da saída iminente do jogador.

Segundo apurou o Hoje em Dia, o contrato de Diogo Barbosa estava no fundo da gaveta de um móvel localizado em uma das salas da diretoria na Toca da Raposa II. E se o Cruzeiro tivesse levado mais a sério o documento, quem sabe o lateral já tivesse o seu contrato renovado há bastante tempo, no meio do ano. 

Ainda de acordo com informações recebidas pela reportagem, o contrato atual do lateral contempla uma cláusula que não foi cumprida pelo Cruzeiro. Esse tópico do documento aponta que a diretoria celeste deveria comprar mais 25% dos direitos de Diogo Barbosa quando o jogador realizasse 30 jogos. Contra o Avaí, nesta quarta-feira (15), Barbosa fará a partida de número 60, o dobro do que prevê o documento.

Em contato com um membro da nova diretoria, que pediu para não ser identificado, o Hoje em Dia tomou conhecimento de uma reunião entre Wagner Pires de Sá, futuro presidente, Gilvan de Pinho Tavares, atual mandatário, e Itair Machado. Esse último o vice-presidente de futebol a partir de 2 de janeiro de 2018.

O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira e o assunto principal foi Diogo Barbosa. Gilvan disse para os futuros gestores do Cruzeiro que tomou a decisão de aceitar a venda do lateral para movimentar os caixas celestes. Informação essa veiculada pela Rádio Itatiaia nesta terça.

Não é segredo para ninguém que o clube estrelado passa por dificuldades financeiras. E aproveitando esse momento, o Palmeiras, que tem aporte financeiro da Crefisa, fez proposta de 4 milhões de euros (R$ 15,7 milhões) ao Banco BMG, instituição que gere o Coimbra Esporte Clube, detentor de 75% dos direitos de Diogo Barbosa.

O Cruzeiro detém apenas 25% dos direitos econômicos do camisa 6, pagos em dez parcelas. O jogador marcou dois gols com camisa celeste e deu oito assistências.  

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