(Samuel Costa / Hoje em Dia)
Nas conquistas heroicas da Copa Libertadores, em 2013, e da Copa do Brasil, nesta temporada, o Atlético se acostumou a desvirtuar o significado de “impossível”. Quanto mais complicado se tornava o obstáculo, mais o clube crescia para superá-lo. E mesmo nessas adversidades, o clube contou sempre com a fé de uma torcida que não deixava de acreditar que a vitória era possível. Entregue à paixão intrínseca que sentia pelo clube, a torcida alvinegra fez do grito de guerra “eu acredito” seu lema. Na conquista da Libertadores, foi ele que guiou todo o caminho nas fases finais, seja para superar o forte Newell’s Old Boys, na semifinal, ou o “encardido” Olímpia, na decisão do torneio. Neste ano, o “mantra” foi evocado em desafios ainda mais complicados. Nas quartas de final, contra o Corinthians, um gol no início da partida fazia com que o Galo precisasse virar a partida para 4 a 1, uma vez que o primeiro duelo terminou 2 a 0 para os paulistas. Mesmo frente a um cenário completamente desfavorável, a torcida empurrou o time em busca da reação, que veio com o tento anotado de cabeça por Edcarlos. Na fase seguinte, mais superação com um cenário praticamente idêntico. Porém, desta vez, o Atlético teria de anotar quatro gols em pouco menos de 60 minutos, já que o Flamengo abriu o placar aos 34 da primeira etapa. A torcida não fugiu ao seu compromisso. Logo após o gol de Everton, a Massa passou a cantar seu lema. O empate veio ainda no primeiro tempo. A classificação na segunda etapa, com três gols obtidos na base da raça, do sofrimento, bem como se acostumou o torcedor atleticano. Não se sabe até onde essa empatia entre o Atlético e sua torcida foi decisiva para o triunfo. Porém, é impossível citar o título da Copa do Brasil sem lembrar da Massa Alvinegra. Afinal, ela esteve ao lado do time mesmo nas maiores adversidades, levando à risca a crônica de Roberto Drummond, que dizia que “se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade ,o atleticano torce contra o vento”.