Federação busca garantir integridade das competições femininas com novo protocolo
Atletas femininas serão submetidas a testes genéticos para comprovação do sexo (X da World Athletics)
A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) anunciou a aprovação de um teste genético para confirmar se atletas são biologicamente do sexo feminino. A coleta do material será feita por meio de swab bucal. Embora ainda não tenha data definida para implementação, a federação planeja que todas as participantes do Mundial de Tóquio, em setembro, passem pelo procedimento.
O presidente da entidade, Sebastian Coe, afirmou que a medida visa garantir a integridade do esporte feminino. "É importante fazer isso não apenas falar sobre a integridade do esporte feminino, mas realmente garanti-la", declarou Coe. Ele acrescentou que a decisão foi amplamente apoiada pelo conselho da federação, desde que os testes não fossem excessivamente intrusivos.
O grupo de trabalho da World Athletics sobre atletas de gênero diverso recomendou, em fevereiro, o teste genético SRY. Esse exame verifica a presença do gene SRY, localizado no cromossomo Y, essencial para o desenvolvimento de características masculinas.
A federação vem estabelecendo regulamentos sobre a elegibilidade de atletas com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD) há quase uma década. Um dos casos mais conhecidos é o da sul-africana Caster Semenya, bicampeã olímpica dos 800m, proibida de competir na categoria feminina devido ao hiperandrogenismo, condição que leva à produção elevada de andrógenos.
Em 2022, a World Athletics já havia vetado a participação de mulheres transgênero em competições internacionais. Na ocasião, não havia registro de atletas trans competindo no alto rendimento do atletismo.
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