(Thomas Coex/AFP)
Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, o ginasta Arthur Zanetti teve um expectador muito especial durante as competições: o médico ortopedista Benno Ejnisman, que dois anos e meio antes da vitória comandou uma cirurgia no ombro do campeão e viajou à capital inglesa a convite dos familiares do atleta.
O coordenador do Grupo de Ombro do Centro de Traumato-Ortopedia do Esporte (CETE) destacou o empenho e o profissionalismo do ginasta que conquistou o primeiro ouro da Ginástica do Brasil em competições olímpicas, na disputa das Argolas, uma das mais difíceis da modalidade.
"A conquista da medalha foi 100% mérito do Arthur, que é um atleta fantástico, e só tenho que agradecer a chance de estar ao lado dele, acompanhando o nascimento de uma medalha de ouro olímpica. Esta medalha de ouro teve alguns pilares: família, associado a uma dedicação e um profissionalismo muito grande e, obviamente, uma pessoa talhada para exercer tal modalidade, aliando uma força muscular impressionante, com a flexibilidade exigida pelos movimentos", comentou.
Ejnisman atende Zanetti há oito anos, desde que o atleta procurou os especialistas da Unifesp devido a uma lesão na mão. Dois anos depois, ele constatou um problema incomum no ombro e também foi atendido pelos profissionais do CETE. As dores voltaram a incomodar o ginasta em 2010, e ele precisou passar por uma artroscopia, comandada pelo por Ejnisman.
"O fato de ter feito uma cirurgia de ombro num atleta que compete nas Argolas é uma mensagem que a ortopedia brasileira tem a condição de fazer o melhor. Além de ser um prazer, ver esportistas tratados pela medicina esportiva brasileira conseguindo bons resultados em competições internacionais importantes, como uma edição dos Jogos Olímpicos", avaliou.