Médico do Atlético cita meses atípicos e carro de F1 para explicar alto índice de lesões no time

O Atlético já chegou a ter mais de 10 desfalques em três partidas do Campeonato Brasileiro. Atletas que se recuperaram acabaram por sentir novamente o mesmo local, como Jesus Dátolo, Marcos Rocha e Erazo. O médico do Atlético, Dr. Otaviano Oliveira, concendeu entrevista coletiva para explicar as causas investigadas para este ano atípico no Departamento Médico. Para o médico, o clube foi vítima de um período de imprevistos, entre abril e junho.

"Diversas reuniões foram feitas, entre o departamento médico, técnico, diretoria, fisiologia. Tivemos alguns momentos atípicos nos meses de abril, maio e junho. Temos tudo isso monitorado, porque nesse período subiu muito o índice de lesões, em relação à média do que se é esperado em um esporte de alto nível", afirmou o doutor alvinegro.

Ainda explanando a situação que tornou o torcedor alvinegro traumatizado, Oliveira acredita que os índices de lesão estão se regularizando dentro do clube. O médico ainda utilizou os carros de Fórmula 1 para explicar os desgastes naturais do esporte de alto rendimento. 

"Depois disso, consideravelmente, nosso número já caiu para o que é esperado para um clube de futebol de mesmo porte. Atualmente, estamos no mesmo nível que a média de clube qualquer clube neste momento do campeonato brasileiro. Temos quatro no departamento médico. O que aconteceu nesses três meses foi devido a vários fatores, que são discutidos internamente. Temos monitorado e estudando para que não se repita. Uso sempre um exemplo: carro popular não funde motor, mas carro de F1 funde, estraga. Porque anda no limite. São atletas que jogam no limite, são submetidos a muitas competições, tem a ver com idade de elenco", disse Otaviano.

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Atualmente, o Departamento Médico do Atlético é habitado por Marcos Rocha, Erazo, Jesus Dátolo, Luan e Carlos. O mais antigo deles é Luan, que sofreu uma intervenção cirurgica no joelho direito e, quando retornou aos gramados, sentiu a coxa. Apesar de já fazer trabalhos com bola, ele não deve voltar a atuar nos próximos jogos: "Está só iniciando os trabalhos com grupo. Tenho certeza que a comissão técnica irá aproveitá-lo. Vai depender de mais trabalhos e treinos com o grupo. Uma coisa é ser liberado para tal, outra é intensidade de carga e ritmo de jogo para estar juntos dos demais", afirmou Otaviano.

A mesma cautela prega-se com Jesus Dátolo, vítima da quarta lesão muscular. Um alívio é que o zagueiro Erazo, dispensado da Seleção do Equador por conta de dores no joelho direito, não deverá ser operado: "É uma lesão na cartilagem do joelho. Estamos conduzindo de forma conservadora".

Ainda na defesa, Marcos Rocha faz exercício de paciência para voltar a ser aproveitado. Ele se recupera de uma lesão reincidente na coxa. Lesão muscular também atingiu Maicosuel na partida contra o Fluminense. Por fim, o atacante Carlos se recupera de uma fratura no pé, lesão por estresse no pé esquerdo.