(Arquivo Pessoal)
A qualidade do trabalho realizado por Rodrigo Santana na URT em 2017 é indiscutível. Eleito o melhor treinador do Campeonato Mineiro, superando Roger Machado, do Atlético, Mano Menezes, do Cruzeiro, e Enderson Moreira, do América, o paulista, de 35 anos, conduziu a equipe de Patos de Minas também na Série D do Campeonato Brasileiro, onde viu a vaga na Terceira Divisão escapar no último duelo contra o Globo-RN.
Eliminado da competição nacional no mês passado, Santana experimenta atualmente o lado perverso do calendário da bola. Assim como milhares de atletas que ficam sem emprego com o encerramento da agenda dos clubes menores, o treinador está em casa e não vê a hora de voltar a trabalhar.
Apesar de estar apalavrado com a diretoria da URT para comandar o time em 2018, ele não descarta ouvir propostas de outras equipes, principalmente neste resto de ano.
“Desde a eliminação, assisti a muitos jogos, fiz contatos e curti a minha família. A minha ideia, caso não pinte uma nova oportunidade, é viajar ao exterior no próximo mês para estudar e acompanhar a rotina dos clubes lá de fora”, conta Rodrigo ao Hoje em Dia.
Em Patos de Minas com a família, já que a filha está matriculada numa escola da cidade, o treinador não se acostumou com a nova rotina.
“É difícil ficar em casa vendo jogos pela televisão e não ter aquela adrenalina de vestiário. Não consigo passar uma semana sem programar treinos. Dá uma sensação bem diferente e me sinto um peixe fora d’água”, acrescenta.
Trajetória
Fã do técnico Tite, o ex-meio campista pendurou as chuteiras aos 28 anos, após uma fratura na mão. Convidado para ser auxiliar técnico do modesto Camboriú-SC, ele decidiu dar novo rumo à vida dentro do futebol.
Antes de chegar à URT, Santana comandou União Suzano e Juventus, ambos de São Paulo, e o Uberaba, equipe do Triângulo Mineiro. Pelo “Moleque Travesso” (Juventus), inclusive, conseguiu o acesso à Série A2 do Campeonato Paulista do ano passado.Arquivo Pessoal