Mesmo com boas atuações, Lucas Pratto e Leandro Damião vivem seca de gols

Quando soou o apito final após o empate em 2 a 2 entre Atlético e Santos, nesta quarta-feira (10), no Independência, o argentino Lucas Pratto arriou os meiões e foi direto para o vestiário, sem falar com ninguém. Talvez chateado por ter passado mais um jogo em branco.

Nesta quinta-feira (11), entre uma bronca e outra do técnico Vanderlei Luxemburgo na Toca da Raposa II, houve espaço para aplausos e elogios a Leandro Damião pelo esforço durante o treino de finalizações. O incentivo do treinador não era por acaso: assim como o camisa 9 do Galo, o centroavante da Raposa também não anda tão íntimo das redes nas últimas exibições.

Durante as disputas do Campeonato Mineiro e da Copa Libertadores, os dois atacantes provaram ser contratações certeiras dos clubes rivais. Os gols foram saindo com facilidade e em momentos cruciais para ambos. Contudo, nesta primeira etapa do Campeonato Brasileiro, o faro de gols anda falhando.

Dono do melhor ataque da competição, o Atlético já balançou as redes 16 vezes em sete partidas, mas a torcida alvinegra só celebrou um gol de Lucas Pratto nos seis jogos disputados pelo atacante: o terceiro na goleada por 4 a 1 diante do Avaí, pela 5ª rodada.

Zerado

Principal goleador do Cruzeiro na temporada, Damião também não vem repetindo o bom rendimento quando o assunto é o Brasileirão. Após seis rodadas completas, nas quais participou de três jogos, o artilheiro ainda não conseguiu superar os goleiros adversários e espera encerrar o jejum na partida desse sábado (13), contra Vasco, em São Januário, a partir das 21h.

“Vou estar sempre brigando pela minha equipe. Uma hora a bola volta a entrar. Espero voltar a fazer gols e ajudar o time ali no ataque. Minha posição é centroavante, sou mais um na equipe que precisa aproveitar melhor as oportunidades, e espero estar melhorando. Fazer gol é sempre bom, e estou buscando isso”, declarou.

Compensação

A escassez momentânea de gols, no entanto, não é motivo para críticas das torcidas e comissões técnicas contra o rendimento de Pratto e Damião. Se não conseguiram manter a média de gols, ambos contribuem para as equipes de outras formas. No último clássico, por exemplo, o camisa 9 celeste teve participação direta em dois dos três gols marcados pela Raposa na vitória por 3 a 1.

Pratto, por sua vez, dificilmente perde a bola no ataque e vem colaborando com belos passes sempre que sai da grande área. Contudo, por serem os responsáveis por balançar a rede, o baixo aproveitamento é um incômodo. Até porque “atacante vive de gols”, como destacou o técnico do Atlético, Levir Culpi, que optou por substituir o argentino por Jô no segundo tempo contra o Peixe.