"Meu recorde do salto em altura vai ser quebrado", prevê Sotomayor

Poucos atletas do mundo foram tão soberanos em uma prova ou modalidade quanto Javier Sotomayor. Por mais de duas décadas, ele foi dono de sete dos 10 melhores resultados de todos os tempos no salto em altura. Depois de 26 anos, o cubano sabe que está prestes a deixar de ser o recordista mundial. E acredita que isso pode acontecer já nesta quinta-feira.

"Essa nova geração é muito boa. Ter mais de um bom saltador ajudar todos a saltar mais alto. A minha geração era boa também, com pessoas que também passavam de 2,40m. Eu sei que cedo ou tarde meu recorde vai ser quebrado. Isso vai acontecer. E pode ser amanhã (quinta). Nenhum recorde é para sempre", disse o cubano, na entrevista coletiva de promoção da etapa de Oslo (Noruega) da Diamond League.

Estão na Noruega para a prova desta quinta-feira os três melhores da atual geração: o catariano Mutaz Essa Barshim, o ucraniano Bogdan Bondarenko e o russo Ivan Ukhov, respectivamente segundo, terceiro e quinto do ranking mundial de todos os tempos.

Até 2013, só havia o registro de oito saltos acima de 2,40m, com três atletas: Sotomayor (seis vezes entre 1988 e 1994), o sueco Patrik Sjoberg (uma vez, em 1987) e o soviético Igor Paklin (uma vez, em 1985). Só nos últimos dois anos, entretanto, a marca já foi superada nove vezes, sendo cinco por Barshim, três por Bondarenko e uma por Ukhov.

Nesta quinta-feira, Sotomayor vai estar em Oslo para acompanhar de perto a tentativa dos três de quebrarem seu recorde, de 2,45m. Barshim tem 2,43m, enquanto Bondarenko já chegou a 2,42m. "Com Sotomayor assistindo, vai ser especial. Ele enão quer que seja quebrado, mas se tiver que acontecer, vai acontecer", comentou Barshim.