(Márcio Rodrigues/ Fotocom/CPB)
SÃO PAULO – Os 1.200 jovens de todo o Brasil reunidos em São Paulo para a disputa das Paralimpíadas Escolares se despedirão, nesta sexta (19), do maior evento do mundo para atletas com deficiência em fase estudantil.
À noite acontece a festa de encerramento e a entrega de troféus. Foram três dias de muita competição em dez modalidades esportivas.
As Paralimpíadas Escolares acontecem desde 2009. Alguns estados aderiram com força total, batendo recordes de inscritos a cada ano. Minas Gerais porém, continua marcando presença de forma discreta.
O recorde de participantes neste ano foi de São Paulo, com 135 para-atletas. O estado serve de referência, pois foi o primeiro a criar o Time São Paulo, projeto de auxílio a jovens atletas apoiado pelo governo e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Do Sudeste, Minas ficou na lanterna, com apenas 37 competidores. Desses, 29 são do atletismo. O Rio de Janeiro levou 121 e o Espírito Santo, 42.
Seguindo o exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro (recentemente criou o Time Rio), o governador mineiro, Antonio Anastasia, aceitou a sugestão do CPB e, como forma de alavancar a prática esportiva entre os deficientes físicos, vai criar o Time Minas.
Levantamento
Segundo o presidente do CPB, Andrew Parsons, daqui a duas semanas será entregue ao governo do Estado o levantamento de perfil para identificar as modalidades que melhor serão aplicadas em Minas.
“Estamos formatando uma proposta concreta. Os times regionais têm que obedecer a vocação e o interesse local pelas modalidades”, diz.
O CPB está pesquisando se é melhor polarizar em Belo Horizonte, pinçando talentos pelo Estado e os levando para a capital ou distribuir as sedes no Sul de Minas e na região do Triângulo, por exemplo.
“É o Estado que tem o maior número de universidades federais no país. Porque não aproveitar essa estrutura de conhecimento? Estamos analisando”, afirma Parsons.
Ele acredita que a criação do Time Minas irá aumentar a participação do Estado nas Paralimpíadas Escolares.