Mineiros se aventuram em praias e serras do Rio

Gláucio Castro - Hoje em Dia
07/11/2014 às 09:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:56
 (Eugenio Moraes/ Hoje em Dia )

(Eugenio Moraes/ Hoje em Dia )

Preparem os frequencímetros, pois os batimentos cardíacos irão às alturas na terceira edição do Rock Man. Realizada neste sábado (8) em diferentes pontos do Rio de Janeiro, a prova promete testar ao máximo a resistência de atletas de várias partes do mundo. E Minas Gerais estará mais uma vez representada.   Presente desde a primeira edição, a equipe Brou Aventura sabe que terá pela frente os maiores adversários do planeta. Mesmo assim, empolgação e espírito de grupo não faltam para os mineiros Thiago Brou Elias (corrida de montanha masculina), Ranniery Moreira Costa (surfe e stand up paddle), Geraldo Rodrigues (montain bike), Gustavo Abah (skate) e Amanda Lopes (corrida de montanha feminina).   Divididos em seis modalidades, os competidores do Rock Man serão desafiados em circuitos que unem asfalto e cimento à exuberante natureza da Cidade Maravilhosa. Neste ano, a grande novidade é a prova de skate. Para isso, foi construída uma moderna pista com 200 m² de extensão na praia de Ipanema, com paredes de 2,5 m de altura.   Depois de disputar a etapa escolhida, cada integrante ainda será testados em 12 km de corrida de rua e mais 12 km de remada em canoa.    A advogada Amanda Lopes, de 36 anos, vai estrear no evento na corrida de montanha, que engloba 24 km entre trechos de asfalto e trilha.    Além do calor carioca, a altimetria do trajeto preocupa a corredora mineira, terceira colocada no X-Terra de Tiradentes em 2012.   “Pelo briefing eletrônico que eu recebi, a gente vai subir muito em um espaço muito curto. Em 4 quilômetros, vamos subir 500 metros, o que é uma inclinação considerável, ainda mais em se tratando de uma trilha. Parece que vai ser uma prova muito dura”, avalia a advogada e atleta, que há alguns anos trocou o asfalto pelas trilhas e montanhas.   Apaixonado por esportes de aventura, o cinegrafista Gustavo Abah, de 38 anos, vai representar a equipe na prova de skate. Assim como Amanda, ele também estará no Rock Man pela primeira vez.   “Faz muito tempo que eu não andava de skate. Andava há dez anos. Entrei para a equipe a convite dos amigos. Acho que vai ser humilhante pelo nível dos competidores, mas a participação que é o mais importante. O clima de confraternização da prova é o que vale”, destaca Gustavo.    Apesar de assumir que não está tão afinado assim com as rodinhas, ele não acredita que seu desempenho vai atrapalhar a equipe. “A pressão vai ser muito grande, é claro, Mas o skate não é tão decisivo assim para a equipe. Mesmo o último colocado no skate não atrapalha tanto a equipe, pela pontuação das outras provas”, explica.   Atletas terão de se superar na canoagem   Mesmo admitindo não ter o mesmo nível dos competidores internacionais, os integrantes da Brou Aventura levam uma arma poderosa na bagagem. “Vamos com nossa essência”, orgulha-se Thiago Brou, que disputará a prova individual masculina de montanha. “Dono” da equipe, Thiago aposta na amizade para superar os obstáculos com menos sofrimento.   “Algumas equipes contratam competidores de cada esporte. Eu não queria isso. Prefiro a essência da nossa amizade. Dentro da prova, é certo que um vai fazer de tudo para ajudar o outro o tempo todo”, afirma. Nas duas primeiras edições, a equipe ficou com o 14º e o 15º lugares. “Temos condições de melhorar e é o que vamos buscar agora em 2014”, promete.   Por ser uma modalidade praticamente desconhecida em Minas e até no Brasil, o percurso de 12 km a remo em canoa polinésia, em mar aberto e com os seis competidores por time, promete ser uma atração à parte dentro da disputa.   “Nessa hora, então, nossa amizade vai prevalecer muito”, acredita Thiago. “A gente rema muito, porém não temos mar nem canoa. Remamos em um caiaque duplo. Vai ser uma coisa de superação mesmo. Vai ser interessante para todos nós”, prevê.   O skatista Gustavo Abah é outro que está ansioso pela participação na prova da canoa polinésia. “Já remei uma vez neste tipo de canoa. É enorme, difícil de ter coordenação. Vai ser uma coisa engraçada. A gente não tem como treinar aqui, porque não é fácil encontrar este tipo de canoa. Vamos com o espírito de aventura, de superação”, conclui Gustavo.

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