Ministra de Esportes do Chile garante que final da Libertadores será em Santiago

Estadão Conteúdo
30/10/2019 às 16:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:28
 (Alexandre Vidal, Marcelo Cortes & Paula Reis / Flamengo )

(Alexandre Vidal, Marcelo Cortes & Paula Reis / Flamengo )

A ministra de Esportes do Chile, Cecilia Pérez, afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que a final da Copa Libertadores da América entre Flamengo e River Plate, marcada para o dia 23 de novembro em Santiago, às 17h30 (de Brasília), um sábado, será mantida para ocorrer no Estádio Nacional da capital chilena.Alexandre Vidal, Marcelo Cortes & Paula Reis / Flamengo

Disputa entre Flamengo e River Plate será mantida no dia 23 de novembro 

"Vamos trabalhar com o Ministério do Interior para levar adiante este evento. Eu tenho o compromisso do presidente (do Chile, Sebastian Piñera) de que o jogo será realizado", afirmou Cecilia, em entrevista coletiva.

Horas antes do anúncio da ministra, Piñera havia desistido de receber duas importantes cúpulas internacionais que ocorreriam este ano no país. Uma delas seria a reunião da Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec), que reuniria líderes mundiais nos dias 16 e 17 de novembro.

O outro encontro era a Conferência do Clima da ONU, a COP25, inicialmente prevista para acontecer no Brasil. Depois da negativa do presidente Jair Bolsonaro em abrigar o evento, ele havia sido remarcado para Santiago, onde foi agendado para ocorrer entre os dias 2 e 13 de dezembro.

Porém, a ministra de Esportes do Chile afirmou nesta quarta-feira que a final da Libertadores não tem relação com as cúpulas com líderes mundiais, por se tratar de um evento esportivo "que une a todos".

Ao justificar as desistências de receber a Apec e a COP25, Piñera atribuiu a medida "às difíceis circunstâncias que tem vivido nosso país e considerando que nossa primeira preocupação e prioridade como governo é se concentrar absolutamente em, primeiro, restabelecer plenamente a ordem pública, a segurança cidadã e a paz social". Ele acrescentou ainda que a decisão havia causado "muita dor".

Piñera enfrenta uma série de manifestações que começaram como uma reação ao aumento da tarifa no metrô e ampliaram suas reivindicações. Nesta quarta-feira, uma nova marcha deve parar o centro de Santiago. Desta vez, o foco principal é o preço dos pedágios na região metropolitana.

Antes do anúncio feito pela ministra chilena, a Conmebol já havia assegurado na última terça-feira que não havia planos para mudar o palco da final da Libertadores. Na ocasião, a entidade também confirmou que tinha agendada uma audiência entre representantes do órgão com o presidente do Chile, alegando que a mesma serviria apenas para cuidar dos preparativos para a realização da decisão no Estádio Nacional de Santiago.

E nesta quarta-feira a ministra de Esportes do Chile destacou: "Recebi a ligação do presidente da Conmebol (Alejandro Domínguez) e ratifiquei em nome do presidente Sebastián Piñera nossa firme vontade e compromisso de fazer a final da Copa Libertadores em nosso país".

A convulsão social do Chile já provocou 20 mortes durante os protestos contra o governo de Piñera, iniciados no último dia 18 de outubro, mas a Conmebol confia que a decisão do dia 23 de novembro será realizada com sucesso e sem incidentes de violência no estádio com capacidade para abrigar 49 mil torcedores.

"Desde a Conmebol agradecemos o compromisso demonstrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para celebração da final única da Conmebol @LibertadoresBR 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando!", publicou a entidade, por meio de publicação em sua página no Twitter, pouco depois do anúncio feito pela ministra de Esportes do Chile.

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