(Divulgação/Ferrari)
O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, revelou nesta sexta-feira (20) que está planejando organizar uma reunião com as demais equipes para discutir o futuro da Fórmula 1. Preocupado, o dirigente disse que o encontro terá por objetivo definir os rumos da categoria, sem debater pontos específicos, como o novo regulamento.
"Eu tenho a intenção de convidá-los para ir a Maranello, não para discutir um ponto ou outro que pode dar vantagem a um ou outro time, mas para ter uma conversa geral sobre como encaramos a Fórmula 1", declarou Montezemolo, que pretende promover o encontro na metade de janeiro de 2014.
"Acho que o pessoal tem poucas oportunidades para se encontrar nos finais de semana das corridas, quando você tem que preparar os carros, manter contato com patrocinadores, televisão, o público. Poderemos ter um dia de paz para conversarmos sobre o futuro", reiterou.
O presidente da Ferrari admite que uma de suas preocupações é a gerência da F1. Bernie Ecclestone, atual chefão da categoria, corre o risco de ser preso nos próximos meses, em processo que corre na Inglaterra. E os dirigentes pouco têm conversado sobre quem seria o sucessor de Ecclestone.
"Nós temos que discutir isso, porque no fim do dia esse é o nosso negócio. Acho que, depois de Bernie, que é único, será necessário ter uma abordagem diferente para a governança do esporte", declarou Montezemolo, que já descarta um sucessor para ocupar o mesmo lugar de Ecclestone no futuro.
"Eu não vou aceitar que, no lugar de Bernie, teremos um novo homem no comando do show. Teremos que criar um grupo de governança, no qual teremos um CEO. E aí você teria um homem no comando do automobilismo esportivo".
Apesar de não citar pontos específicos a serem discutidos em janeiro, o presidente da Ferrari já adiantou que não concorda com a nova regra de distribuir pontuação dobrada na última corrida do ano, a partir de 2014. "Não estou empolgado a respeito disso. Me parece muito artificial. Vamos ver", disse Montezemolo, que poderia ser um dos beneficiados pela regra em razão da hegemonia da Red Bull nos últimos anos na F1.