Morreu nesta segunda-feira, aos 77 anos, Luiz Carlos Nunes da Silva, que ficou conhecido como Carlinhos Violino. Jogador do Flamengo entre 1958 e 1969, ele também foi técnico do time rubro-negro em sete diferentes passagens pelo clube, no qual conseguiu fazer história como atleta e como comandante.
Por meio de longa nota oficial publicada em seu site na manhã desta segunda, o Flamengo ressaltou que "deu adeus a um de seus maiores ídolos". Vítima de insuficiência cardíaca, o ex-atleta e treinador terá seu corpo velado nesta terça, das 10h às 16h, na sede social do Flamengo, no salão nobre da Gávea. Depois disso, o ídolo rubro-negro será cremado no Memorial do Carmo, no Bairro do Caju.
Ao lamentar a morte, o clube ressaltou que Carlinhos ganhou o apelido de violino "pela elegância e precisão em campo, quando jogava como volante, mas a alcunha também poderia se referir à música que conduzia os times que comandou como técnico".
Como jogador, Carlinhos foi duas vezes campeão carioca e faturou o Torneio Rio-São Paulo de 1961, assim como chegou a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Ainda enquanto garoto, ele recebeu das mãos do ex-lateral Biguá, que defendeu o Flamengo por 13 anos entre 1941 e 1953, as chuteiras do então ídolo flamenguista quando este estava se aposentando. E depois, Carlinhos repetiu o gesto ao entregar suas chuteiras ao então promissor garoto Zico, quando se aposentou antes de virar treinador.
O primeiro trabalho de Carlinhos como técnico flamenguista foi em 1983, quando substituiu Paulo César Carpegiani em 1983, fazendo parte da conquista do tricampeonato brasileiro. Ele assumiu o time como interino na campanha que teria como comandante o então treinador Carlos Alberto Torres, capitão do tricampeonato mundial de 1970 da seleção brasileira.
Por ter sido contratado em várias situações de risco para o Flamengo, Carlinhos também ganhou o apelido de "bombeiro" dentro do clube, que ele levou também à conquista do tetracampeonato brasileiro em 1987 e depois do penta em 1992. Mais tarde, ele também se sagrou campeão carioca em 1999 e 2000 e faturou a Copa Mercosul de 1999. Antes disso, ele também foi campeão estadual como técnico em 1991.
Em reconhecimento aos seus feitos e importância para o clube, o ídolo ganhou uma praça inaugurada com o seu nome em fevereiro de 2011, na sede da Gávea.
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