(Josep Lago)
Quando a FIA e o Formula One Group (que administra e promove a categoria) anunciaram as mudanças radicais no regulamento da Fórmula 1 para este ano, um dos objetivos era recuperar o equilíbrio de forças no Mundial, que já vinha perdendo audiência com o domínio absoluto de Sebastian Vettel e Red Bull nas quatro temporadas anteriores.
Pois o que estamos vendo neste ano é que o cenário permanece mais ou menos o mesmo, mudando apenas os nomes dos protagonistas, que agora atendem por Lewis Hamilton e Mercedes.
Ontem, assistimos a mais um passeio da Mercedes na temporada. Em Barcelona, Lewis Hamilton dominou o GP da Espanha de ponta a ponta, e venceu em dobradinha com o companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg. Foi a quarta vitória seguida de Hamilton, em cinco etapas disputadas. Com o resultado, Hamilton finalmente alcançou a liderança da temporada.
Para ilustrar melhor ainda esse predomínio da equipe alemã na temporada, as quatro vitórias de Hamilton tiveram Rosberg na segunda posição. Ou seja: quatro dobradinhas consecutivas. Só dá Mercedes no alto do pódio.
No domingo (11), o terceiro lugar ficou com o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, que só não está à frente de Vettel na classificação geral do Mundial de Pilotos porque foi desclassificado na primeira etapa e não completou a segunda prova. Ricciardo subiu para a quinta colocação na classificação, logo atrás de Vettel.
Mas lá na frente, muito à frente dos demais, estão Hamilton (agora líder), com 100 pontos, e Rosberg, com 97, quase o dobro da pontuação do terceiro colocado na tabela, Fernando Alonso, que tem 49 pontos. A Mercedes já soma absurdos 197 pontos, mais do que o dobro da Red Bull.
A diferença em relação à temporada passada foi que o domínio na época foi mais do Vettel do que da própria Red Bull, já que Mark Webber, que era o companheiro de Vettel na equipe, não venceu nenhuma prova.
Ontem, Felipe Massa terminou o GP da Espanha na 13ª posição, com seu companheiro de Williams, o garoto Valtteri Bottas, em quinto.