Em clima de fim de ano, após a vitória sobre o Palmeiras, Muricy Ramalho já começa a projetar o elenco santista para 2013. Ainda sem cogitar reforços de peso, o treinador acredita que jovens da base poderão ter papel fundamental no time nos campeonatos do próximo ano.
No clássico deste sábado, na Vila Belmiro, três deles entraram em campo e não decepcionaram o técnico. "O Felipe Anderson já adiantou o processo. Está bem adiantado e melhorou muito em relação ao campeonato", avalia Muricy, se referindo a um dos candidatos a assumir a vaga de Paulo Henrique Ganso no time.
Victor Andrade é outra promessa para 2013. Contra o Palmeiras, o atacante fez um gol e empolgou a torcida. "O Victor Andrade é moleque de tudo. Tenho trabalho durante a semana com ele, que tem melhorado no comportamento. Paciência, pois é muito menino. E jogou um clássico com essa idade. Tem muitos defeitos e ele sabe disso. A obrigação nossa é corrigir. Ele é bom moleque, pois escuta, entende e treina", considera o treinador.
O volante Alan Santos também sonha com mais chances na equipe principal. "O Alan jogou bem, mas não pode falhar com o que fez. Disse a ele no intervalo, que não poderia entrar em uma dividida. Ele perdeu a cabeça. Falta experiência. Mas são meninos que são do futuro do Santos. Temos que ter calma", pondera Muricy.
O treinador, que tem pedido reforços de peso para 2013, evita citar nomes tanto de contratações quanto de futuros dispensados, ao fim deste ano. "Não acho legal ver lista para cá, lista para lá. Acho um pouco de falta de respeito pelos atletas. Não vamos falar quem vai sair. Vão ser naturais as coisas", afirma.
Em uma avaliação final sobre a temporada, Muricy aprovou o primeiro semestre de 2012 e lamentou a perda de jogadores na segunda metade do ano. "Primeiro semestre foi muito bom. Ganhamos o Campeonato Paulista, chegamos entre os quatro da Libertadores e também ganhamos a Recopa Sul-Americana. Em seguida, desmanchou o time e tivemos uma valorização grande demais pelo time que tínhamos. Já o Campeonato Brasileiro não dava para fazer muito e fizeram um pouco até demais", opina.
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