Foi em tom emocionado que Andy Murray explicou em entrevista coletiva nesta quinta-feira o fim da parceria com o treinador Ivan Lendl. O sexto colocado do ranking mundial disse estar "destruído" com a separação, mas garante que a dupla não poderia seguir pois corria risco de cair de produção.
"Essa noite foi difícil. Ele foi uma grande parte da minha vida. Nós conversamos uma hora sobre outras coisas, e então debatemos sobre o futuro", disse o tenista, que garante que a precoce eliminação nas oitavas de final de Indian Wells não influenciou na decisão. "Isso não foi algo que aconteceu depois de Indian Wells. Nós planejamos nos sentar quando eu chegasse a Miami para discutir a continuidade, o que não vai acontecer... Era melhor coisa a fazer, agora é seguir em frente", completou.
Segundo Murray, a quebra da parceria não foi unilateral. Lendl esteve de acordo com a decisão e também optou por dar fim aos dois anos de trabalho. "Ivan também entende completamente. Decidimos parar de trabalhar juntos porque não iria beneficiar ninguém fazer as coisas ‘meia-boca’. Ivan não gosta disso, ele faz as coisas por inteiro, não quer fazer pela metade", explica o inglês. A imprensa inglesa especula que o atleta gostaria de passar mais tempo com Lendl, enquanto o treinador não teria condições - ou não estaria disposto - a aumentar a carga de trabalho junto ao pupilo.Apesar da difícil tarefa de estrear em um torneio sem o apoio de um treinador, o tenista afirma que Lendl estará nas arquibancadas durante o Aberto de Miami. Além disso, ele ainda garante que vai superar o baque em um futuro próximo. "Já estive em situações piores antes e dei a volta por cima. Consigo me ver superando isso em algum momento nos próximos meses e sei que jogarei meu melhor tênis nos Grand Slams", promete Murray.
O inglês estreia no Aberto de Miami na última partida a ser realizada esta sexta-feira (21), quando tem o favoritismo ao seu lado para enfrentar o austríaco Matthew Ebden na quadra principal.