(Estevão Germano/América)
O América inicia neste domingo uma batalha que ele nunca venceu: alcançar a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro numa edição com rebaixamento. No duelo diante do Athletico-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba, a partir das 18h15, o Coelho busca os primeiros três pontos dos 42 que devem mantê-lo na Primeira Divisão.
Sim, apesar de o objeto do desejo dos clubes que jogam o Brasileirão por pontos corridos tendo a briga contra o rebaixamento como desafio principal serem os 45 pontos, o matemático Gilcione Nonato da Costa, do site Probabilidades no Futebol, mantido pelo Departamento de Matemática da UFMG, aposta numa permanência na Série A até com 42.Estevão Germano/AméricaO desafio de Lisca é manter o América na Série A do Campeonato Brasileiro, o que o clube nunca conseguiu numa edição com rebaixamento
“Com 45 dificilmente vai cair. O Coritiba foi rebaixado com 46, em 2009, mas isso no campeonato mais equilibrado que já tivemos. Sempre parto do princípio que 42, em geral, salva. A chance de queda é pequena”, afirma Gilcione.
No site, com essa marca, as chances de rebaixamento são de 36%. Com um a mais, 43, ela despenca para 19,3%. Com os desejados 45 pontos, as probabilidades de queda são de 2,8%.
Nas últimas dez edições da Série A, em seis (2011, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2020), 42 pontos foram suficientes para um clube permanecer na elite, sendo a menor marca 37, em 2019, quando o Cruzeiro caiu. Em 2015, foram 43 pontos. Em 2016 e 2017, 44, e 2013, 45.
Favoritos
Nesta briga americana, um aspecto que pode ajudar muito na queda da pontuação para se evitar o rebaixamento é a confirmação do favoritismo de clubes como Atlético, Grêmio, Internacional, Flamengo, Palmeiras e São Paulo.
“Se a gente tiver realmente este grupo de favoritos com campanhas boas, isso abaixa a marca do rebaixamento. Se seis times concentram uma pontuação muito alta, eles promovem um achatamento na parte de baixo da tabela, pois o grupo lá de baixo praticamente só pontua entre si”, revela Gilcione.