Apoiado em denúncias publicadas pela imprensa brasileira ao longo do ano, o deputado federal Romário (PSB-RJ) quer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O ex-jogador discursou no plenário da Câmara nesta terça-feira justificando a instauração da CPI. "A CBF é uma instituição privada, mas recebe grande quantia de dinheiro público, através de isenção fiscal e contribuições sociais. Não se trata de prejulgar ninguém, mas temos que buscar o esclarecimento", disse Romário.
Ao falar no plenário, o antigo centroavante da seleção citou diversas reportagens, que apontam supostas irregularidades no patrocínio da TAM, no salário recebido por Ricardo Teixeira mesmo depois de deixar a presidência da CBF e no contrato assinado para a realização de um amistoso entre Brasil e Portugal, entre outras suspeitas.
Romário também cobrou que o vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, seja ouvido pela Câmara por conta do seu suposto envolvimento numa investigação da Polícia Federal. Ele ainda reclamou de supostas irregularidades na sucessão de Ricardo Teixeira, que colocou José Maria Marin na presidência da entidade.
Pelo Regimento Interno da Câmara, são necessárias 171 assinaturas de deputados para apresentar o pedido. Romário acredita que conseguirá a criação da CPI - até o começo da noite desta terça-feira, ele já tinha conseguido a adesão de 20 deputados.
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