Na Fórmula 1, dança de punições pode interferir na luta pelo título

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
27/08/2016 às 09:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:34
 (John Thys/AFP)

(John Thys/AFP)

O Mundial de Fórmula 1 está de volta depois das já tradicionais três semanas de férias no verão europeu e em um de seus palcos mais tradicionais, o circuito de Spa-Francorchamps, que recebe amanhã o GP da Bélgica. 

Se o duelo entre os companheiros de Mercedes Lewis Hamilton e Nico Rosberg) pelo título mantém o interesse pela temporada, sua definição pode depender de um importante fator extra-pista, já a partir desta etapa, a 12ª de 21: a dança das punições por trocas de componentes da unidade de potência acima do limite de 5 permitidas. 

Líder do campeonato com 19 pontos de vantagem para o alemão, o britânico Hamilton começa a pagar agora pela falta de sorte da primeira parte do campeonato. E vai largar em último em Spa qualquer que seja o desempenho na qualificação. Como a escuderia foi obrigada a instalar a sétima turbina e o sétimo MGU-H (o motor elétrico que recicla o calor do turbo), ele foi penalizado com a perda de 30 posições, com 22 carros no grid. 
A equipe, que também montou o quinto V6 distinto no carro 44, pode aproveitar para trocar a caixa de câmbio, fazendo com que o inglês saia dos boxes para uma prova de recuperação.

O problema para Hamilton é que, na teoria, ele terá de ir até o encerramento do Mundial, em Abu Dhabi, com os motores já usados – se houver nova troca, há o risco de que ocorra numa pista em que é difícil ultrapassar, como Cingapura e, nesse caso, as esperanças de um bom resultado se complicam seriamente.

Para apimentar as coisas ainda mais, Nico Rosberg usou apenas três unidades de cada um dos componentes limitados – motor a combustão, MGU-H, MGU-K (recuperação de energia disspada pelos freios traseiros); turbina, baterias que armazenam a energia reciclada e central de gerenciamento eletrônico. 

E adversários que, a essa altura têm esperanças apenas matemáticas de chegar ao título e aparecem como fieis da balança, também se aproximam do momento de perder posições (especialmente Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen, a dupla da Ferrari).

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