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Na véspera de completar 117 anos, Atlético lança três versões para o hino; ouça

Galo diz que gravações são "fiéis à tradicional, com uma melhoria importante na qualidade sonora"; família do autor, Vicente Motta, conheceu em primeira mão

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 24/03/2025 às 13:27.
Torcida canta o hino com muita empolgação sempre que houve os primeiros acordes (Bruno Cantini/Atlético)

Torcida canta o hino com muita empolgação sempre que houve os primeiros acordes (Bruno Cantini/Atlético)

O Atlético completa 117 anos de fundação nesta terça-feira (25). Para celebrar a data, o clube lançou, nesta segunda (24), novas versões para o hino: estádio, orquestra e instrumental. Todas fieis à tradicional, e com uma melhoria importante na qualidade sonora, informou o clube. A partir de agora, o Galo passa a ser o dono dos direitos fonográficos do hino, que estará, em breve, nas principais plataformas de áudio. Ah! A letra permanece inalterada.

O "Hino ao Clube Atlético Mineiro" foi escrito por Vicente Motta em 1967 e gravado em diversas versões ao longo do anos. Entretanto, nenhuma delas de propriedade do clube. Toda vez que ele tocava, terceiros eram beneficiados com dos royalties - pagamentos feitos por empresas ou pessoas físicas a outras empresas ou pessoas físicas, por conta do uso de uma marca, patente ou serviços prestados -, que agora vão para o Instituto Galo fomentar as ações sociais.

Para modificar essa relação, conta o Atlético, o produtor musical e atleticano Fernando Furtado deu o pontapé nessa iniciativa de criação. Com isso, nasceu o coletivo “Canto da Massa”, no qual 25 atleticanos foram convocados para cantar o hino em um estúdio profissional, representando os 9 milhões de torcedores do Atlético.

“O Hino do Atlético é de 1967. O Vicente Motta e sua filha distribuíam cópias das letras nos jogos do Galo no Mineirão, para que a torcida cantasse com a charanga. Desde então, várias bandas e gravadoras passaram e ter as versões do Hino. Nenhuma delas de propriedade do clube ou gravada por atleticanos. Nos dias de hoje, em que grandes marcas possuem controle total de sua identidade, o Atlético passa a ser dono de sua própria gravação do hino”, disse Fernando Furtado, ao Site do Galo.

As gravações foram feitas em estúdios de São Paulo e Belo Horizonte, e dirigidas por Dudu Marote, produtor de músicas de grandes artistas como Emicida, Iza, Baiana System, Skank, Adriana Calcanhoto,  Pato fu e Jota Quest. As faixas produzidas por Dudu Marote têm mais de um bilhão de execuções no Youtube e Spotify. O hino do Galo foi masterizado em Los Angeles pelo engenheiro brasileiro Fili Filizzola, também atleticano.

“A versão estádio é mais crua e se aproxima do calor das arquibancadas. A versão Orquestra, com cordas, metais e percussão, recebe um tratamento sinfônico, especialmente para comemorar os 117 anos do Galo. O arranjo das três versões foi feito pelo maestro Paulo Malheiros”, completou Fernando Furtado.

Emoção na família de Vicente Motta

Na semana passada, o Atlético convidou Vânia e Carlos Mota, filha e o neto de Vicente Motta, para escutarem, em primeira mão, as novas versões gravadas do hino, que foram tocadas no sistema de som da Arena MRV. Os familiares se emocionaram com a homenagem. Carlos Mota comentou sobre o Galo lançar essas novas versões e, também, de tê-las escutado na nossa casa, quando não conseguiu conter as lágrimas de felicidade.

“Pra nós é uma satisfação que o Atlético seja o proprietário da nova versão. Não faz muito sentido que seja de alguém sem qualquer ligação com o clube. Agora o hino é de autoria de um atleticano, foi produzido por um atleticano, por artistas atleticanos. Mais do que nunca é o Hino do Galo”, afirmou, em entrevista ao site do clube.

“Ouvir o hino na Arena foi muito emocionante. Pensei muito no meu avô, lembrei das vezes que ouvimos o hino juntos no estádio, da emoção e do orgulho que ele sentia. É um sentimento indescritível. Mal posso esperar para ouvir a Massa cantando, com o estádio lotado”.

Na semana passada, o Atlético convidou Vânia e Carlos Mota, filha e o neto de Vicente Motta, para escutarem, em primeira mão, as novas versões gravadas do hino (Reprodução / site do Atlético)

Na semana passada, o Atlético convidou Vânia e Carlos Mota, filha e o neto de Vicente Motta, para escutarem, em primeira mão, as novas versões gravadas do hino (Reprodução / site do Atlético)

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