Nadal atropela Wawrinka na final e conquista Roland Garros pela décima vez

Estadao Conteudo
11/06/2017 às 13:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:01
 (AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON)

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Roland Garros definitivamente tem um dono. Neste domingo, Rafael Nadal mostrou por que é o melhor tenista da história no saibro e conquistou o Grand Slam francês pela décima vez ao dar uma verdadeira aula e atropelar o suíço Stan Wawrinka na decisão por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/1, em apenas 2h05 de partida.

Trata-se, também, do 15.º troféu de Grand Slam levantado pelo espanhol, ultrapassando Pete Sampras, após um "jejum" de três anos, já que o último havia sido justamente em Roland Garros, em 2014. De lá para cá, Nadal enfrentou diversos problemas físicos no joelhos e chegou a dar a impressão de que não mais voltaria a jogar em alto nível.

Mas o espanhol sempre foi conhecido pelo estilo aguerrido e por nunca desistir, e desta vez não seria diferente. Nadal não apenas retornou ao circuito, como dá mostras de estar vivendo o melhor momento da carreira no saibro. Em 2017, por exemplo, ele perdeu somente uma partida neste tipo de quadra até o momento, em 25 duelos disputados.

Não à toa, a temporada 2017 tem sido especial para o espanhol e marcada pelo número 10. Neste ano, ele chegou não apenas ao décimo título em Roland Garros, mas também em Montecarlo e Barcelona. Com a marca, ele é o segundo atleta com maior número de títulos em um mesmo Grand Slam, ultrapassando as nove conquistas de Martina Navratilova em Wimbledon e atrás somente das 11 de Margaret Court na Austrália.

Talvez nem o próprio Nadal esperasse esta volta por cima, e provavelmente por isso, o espanhol tanto se emocionou neste domingo. Mesmo acostumado a levantar troféus em Paris, imediatamente após o último ponto, conquistado em erro de Wawrinka, o tenista desabou no chão e caiu nas lágrimas.

A superioridade de Nadal este ano em Roland Garros é traduzida nos números. Em sete partidas, o espanhol não perdeu sequer um set - igualando o que havia alcançado em 2008 e 2010 - e cedeu apenas 35 games aos adversários, segunda melhor marca da história em Grand Slams desde que passaram a ser disputados em cinco sets.

Se não encontrou qualquer dificuldade ao longo do torneio, não foi Wawrinka que se tornou um obstáculo para Nadal. O suíço só conseguiu segurar o espanhol nos primeiros games, e às duras penas. Mas depois de muito pressionar, o número 4 do mundo quebrou o serviço do adversário no sexto game, repetiu no oitavo e fechou o primeiro set.

A vantagem embalou Nadal, que voltou para a segunda parcial ainda mais confortável, aproveitando um break point no saque de Wawrinka logo de cara. O suíço até chegou a ameaçar devolver a quebra, mas não concretizou.

E com dois sets na frente, parecia questão de tempo a conquista de Roland Garros mais uma vez. O troféu ficou ainda mais próximo quando Nadal voltou a quebrar Wawrinka logo no segundo game. Desestabilizado, o suíço desmoronou e viu o espanhol repetir a quebra no quinto e no sétimo game para confirmar o histórico triunfo.

Com o resultado, Nadal tem um incrível retrospecto de 79 vitórias e somente duas derrotas em Roland Garros. Em partidas de melhor de cinco sets no saibro, o número é ainda mais impressionante: 102 triunfos e somente dois resultados negativos. E aos 31 anos, o espanhol parece cada vez mais dominante no piso.
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