Natália Gaudio será a representante do Brasil na competição individual de ginástica rítmica dos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. A capixaba levou a melhor na disputa com Angélica Kvieczynski ao terminar à frente da rival no Campeonato Mundial de Stuttgart (Alemanha), e ficará com o convite destinado ao país-sede da Olimpíada.
Para garantir a classificação pelos critérios regulares para o Rio-2016, qualquer ginasta precisava ficar entre as 15 primeiras
do Mundial no individual geral. Mas o nível técnico das brasileiras é bastante inferior a isso. Ambas foram eliminadas nesta quinta-feira na fase de classificação do Mundial, com Natália ficando em 48ºlugar e Angélica na 51ª posição.
Na ginástica rítmica, cada atleta se apresenta com quatro aparelhos: arco, bola, maças e fita. São consideradas para o
compito final as três melhores notas de cada ginasta. A pior é descartada.
Na quarta, Angélica errou nas maças, recebeu nota baixa, e precisava se recuperar nesta quinta para continuar sonhando com a Olimpíada. Ela fez uma apresentação brilhante na fita, a sua melhor no Mundial, e somou 16,166 pontos. Terminou o Mundial com 46,649.
Mas Natália também fez a parte dela. A capixaba, assim como a paranaense, tem na fita o seu melhor aparelho, recebeu nota
15,750 e terminou com 46,766 pontos. Uma diferença de 0,176 que classificou Natália para os Jogos Olímpicos do Rio.
Outras seis vagas olímpicas ainda estarão em jogo no evento-teste de abril do ano que vem, no Rio, mas só a melhor
brasileira no Mundial (no caso, Natália) pode participar do torneio.
Angélica fica fora da Olimpíada depois ir bem melhor que a rival nos Jogos Pan-Americanos. Na ocasião, fez 60,175 na soma dos quatro aparelhos, em quarto, contra 55,916 de Natália, oitava colocada. Em todas as finais por aparelhos, teve também
resultados melhores que da capixaba, agora futura atleta olímpica.
Só duas vezes o Brasil participou de competições individuais de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos. Rosana Favila ficou em 19 º nos Jogos de Los Angeles, em 1984, e Marta Cristina Schonhurst foi 17.ª colocada em Barcelona, em 1992.
No conjunto, o Brasil tem vaga assegurada na Olimpíada. No Mundial, se apresenta no sábado em busca de uma vaga nas finais, que serão no domingo. A equipe foi aos Jogos de Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), mas não conseguiu vaga para Londres (2012).