Mais um sobrevivente do trágico acidente aéreo da Chapecoense está próximo de receber alta. O zagueiro Neto, último a ser resgatado e aquele que teve situação mais grave ao longo deste processo, tem se recuperado bem e deve deixar o Hospital Unimed, onde está internado, nesta quinta-feira (21). No mais tardar, o jogador será liberado na sexta.
"Provavelmente, vai ter alta amanhã, se as coisas correrem bem. Exames foram coletados hoje, a gente faz a checagem dos exames, avalia, e provavelmente deve ter alta amanhã. Está ansioso, com astral bom. O próprio Follmann está bem. Os dois estão bem. Acho que estamos em uma fase encerrando este período e começando a fase de reabilitação deles", explicou o médico Edson Stakonski ao SporTV.
A provável alta de Neto mostra a rápida evolução do zagueiro, que foi quem correu mais riscos entre os sobreviventes. Além de diversas fraturas pelo impacto da queda, o zagueiro desenvolveu um quadro pulmonar bastante grave e corria risco de morte até cerca de duas semanas atrás, muito em função das quase dez horas que ficou esperando o resgate.
Se Neto está bem próximo de ser liberado, a caminhada de Follmann ainda seguirá. O goleiro, outro dos sobreviventes do acidente, ainda sofre com os efeitos da amputação de parte de sua perna direita e na última terça, foi submetido a uma cirurgia para reparação da parte do órgão que foi mantida. Além disso, tem um problema no pé esquerdo que também requererá ao menos mais um procedimento operatório.
"O Follmann passou por cirurgia grande ontem, em que foi feita a preparação do coto para receber uma prótese. Deve ir nos próximos 15 ou 20 dias a São Paulo para começar a organizar e estruturar para a gente por esta prótese. Ontem, também, ele passou por cirurgia no pé esquerdo para retirada do talos e fixação do tornozelo. Sexta-feira (23), se tudo estiver bem, deve passar por uma fixação definitiva deste tornozelo", afirmou Stakonski.
Os outros dois sobreviventes brasileiros do acidente, o jogador Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, já receberam alta nos últimos dias. Todos eles estavam no avião que levava a Chapecoense para a decisão da Copa Sul-Americana, em Medellín, e caiu nas cercanias da cidade, deixando 71 mortos.
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