Depois de passar sufoco e precisar da ajuda previdencial do arquirrival Estados Unidos para não dar adeus ao sonho de disputar mais uma Copa do Mundo, o México está muito perto do Brasil. Nesta quarta-feira, no Estádio Azteca lotado, os mexicanos fizeram 5 a 1 na Nova Zelândia, pela repescagem das Eliminatórias, e deram um gigantesco passo para estar no Mundial.
No jogo de volta, daqui a uma semana, em Wellington, a Nova Zelândia precisa ganhar por 4 a 0 ou no mínimo gols de diferença. Se repetir o 5 a 1 vai decidir nos pênaltis. Caso contrário, o México conseguirá a sua oitava classificação seguida para uma Copa do Mundo. A equipe foi a todos os Mundiais desde 1982, falhando apenas em 1990, quando estava punida pela Fifa.
A partida desta quarta-feira marcou a estreia oficial de Miguel Herrera, terceiro técnico da seleção mexicana num período de três meses. O treinador do América, time mais popular do país, foi chamado às pressas para tentar classificar a seleção do México à Copa, sem largar seu trabalho no clube.
Com o voto de confiança da confederação mexicana, Herrera trabalhou por quase três semanas com um grupo de jogadores que atuam no futebol local. Assim, montou para o jogo desta quarta um time com sete atletas do América, outros três do León e um do Santos Laguna. Deixou no banco, entre outros, Chicharito Hernandéz, estrela do Manchester United.
E a opção se mostrou acertada. O México dominou o jogo todo e venceu com facilidade. Colocou duas bolas na trave e reclamou de um lance em que o goleiro tirou a bola em cima da linha antes de Aguilar abrir o placar aproveitando rebote de erro do goleiro neozelandês.
Ainda no primeiro tempo, Jiménez fez o segundo. Na volta do intervalo, Oribe Peralta recebeu sozinho e anotou o terceiro. Nos últimos 10 minutos, três gols. Peralta marcou também o quarto. De volta à seleção, agora jogando pelo León, Rafa Márquez, de cabeça, fez o quinto. James descontou.
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