No Mundial, Al Ahly lembra drama e exalta superação

Agencia Estado
05/12/2012 às 10:38.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:04

Em fevereiro o Al Ahly vivia a maior tragédia de sua história. Em partida pelo Campeonato Egípcio diante do Al Masry, um de seus principais rivais, em Port Said, o time viu a torcida do adversário invadir o campo e comandar um verdadeiro massacre, que terminou com a morte de 72 torcedores e deixou milhares feridos. Passados dez meses, a equipe deu a volta por cima, venceu a Liga dos Campeões da África e se prepara para a estreia no Mundial de Clubes, mas nunca esqueceu o incidente.

"Realmente, a temporada foi uma provação. O drama de Port Said, onde 72 torcedores perderam a vida, foi dificílimo de superar. Fui pessoalmente afetado e tivemos muita dificuldade para retomar o futebol. A única coisa que nos fez voltar a campo foi a promessa que fizemos às famílias das vítimas, de vencer a Liga dos Campeões para honrar a memória dos mártires", declarou o atacante Gedo.

O drama vivido pelos jogadores ao verem as cenas de barbárie foi tamanho que alguns prometeram nunca mais voltar a jogar futebol. Outros, no entanto, se comprometeram a dar a volta por cima justamente para atenuar a dor das famílias das vítimas. "Nada substitui um filho perdido, mas tomara que esse título (da Liga dos Campeões) mostre às famílias que as vítimas não perderam a vida à toa. É o mínimo que se pode fazer por elas", comentou Gedo.

Como forma de lembrar dos 72 mortos na tragédia, o Al Ahly conseguiu a aprovação da Fifa para que seus jogadores possam disputar o Mundial com braçadeiras negras. Isso deve acontecer já na estreia da equipe egípcia, neste domingo, contra quem passar do confronto entre Sanfrecce Hiroshima e Auckland City.

Caso consiga a vitória, o Ah Ahly pegará o Corinthians nas semifinais, mas o sonho de Gedo é enfrentar outro time no Mundial. "O clube está repleto de grandes jogadores e é muito difícil destacar um único nome. Sei que podemos chegar bem longe e posso garantir ao público que vamos dar espetáculo. Espero que a gente chegue à final para enfrentar o Chelsea e o (Fernando) Torres, que é um dos meus jogadores preferidos", apontou o jogador.
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