No país do carnaval, desfile será dos astros olímpicos à frente das delegações

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
04/08/2016 às 13:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:09
 (ROBERTO SCHMIDT/AFP)

(ROBERTO SCHMIDT/AFP)

Carregar a bandeira do país na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos é uma honra digna de alguns dos principais nomes do esporte mundial.

Entre os porta-bandeiras que comandarão as delegações amanhã, no Maracanã, está Michael Phelps, maior medalhista da história, orgulhoso pela indicação do comitê norte-americano.

A lista inclui ainda os tenistas Rafael Nadal e Andy Murray (foto), campeão em Londres. Na Jamaica, Usain Bolt dá lugar à também velocista Shelly-Ann Fraser. No Brasil, a pernambucana Yane Marques levou a melhor sobre os campeões olímpicos Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela, no voto popular. 

Quem será?

Alguns mistérios ainda cercam a cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, amanhã a noite, no Maracanã. Um dos momentos de maior emoção para os atletas, no entanto, não foge muito de um protocolo mais do que conhecido: a entrada no gramado e o desfile diante dos olhares dos bilhões de espectadores em todo o mundo.

Se para a grande maioria dos quase 10 mil atletas a atmosfera já será única, homens e mulheres que virão à frente de cada delegação estarão investidos de uma missão especial, que ao mesmo tempo é um reconhecimento por sua trajetória. Na terra do carnaval, estes porta-bandeiras já chegam para desfilar com a nota 10 garantida.

Ter uma, ou muitas medalhas olímpicas no currículo é característica comum ao menos entre os representantes das principais potências dos Jogos.

Tanto assim que o poderoso contingente norte-americano será puxado por Michael Phelps, dono de 18 ouros e atleta de melhor retrospecto da era moderna. “Era algo que sinceramente nunca sonhei que faria. Quando fui informado de que levaria a bandeira, abri o maior sorriso possível”, revelou.

Na Rússia, Yelena Isinbayeva seria a escolha lógica, mas, com o banimento do time de atletismo, a honra caberá ao veterano ponteiro da seleção de vôlei Sergei Tetyukhin, ouro em Londres’2012 e que disputa sua quinta Olimpíada.

Também campeão (em Pequim-2008), Rafael Nadal puxará a Espanha, a exemplo do ala argentino Luís Scola (basquete), ouro em Atenas-2004, enquanto o oito vezes campeão mundial e atual campeão olímpico no judô (categoria acima de 100kg) Teddy Riner venceu superou Tony Parker para levar a bandeira francesa. E Andy Murray vai comandar os súditos da Rainha Elizabeth II.

Nem sempre o nome mais conhecido do grande público será o primeiro atleta do país a entrar no Maracanã. Na Sérvia, por exemplo, Novak Djokovic foi preterido para dar lugar à atiradora Ivana Maksimovic, cuja prata há quatro anos foi a centésima medalha do país.

Já a Jamaica preferiu a “versão de saias” de Usain Bolt, a velocista Shelly-Ann Fraser, bicampeã olímpica nos 100m rasos. E a Bielorrússia vai homenagear a longevidade do atirador Sergei Martinov, que representa o país desde Atlanta-1996.

Casal

A pernambucana Yane Marques, bronze no Pentatlo Moderno em Londres-2012 venceu a eleição feita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na internet para ser a porta-bandeira brasileira (superou o líbero Serginho, do vôlei, e o velejador Robert Scheidt, bicampeão olímpico).

O curioso é que a família Scheidt terá uma porta-bandeira no desfile – mulher de Robert, a também iatista Gintare Scheidt virá a frente da delegação da Lituânia. Será, portanto, o primeiro casal a ter a honra, já que Robert liderou os atletas brasileiros em Pequim-2008.

Um vídeo publicado por Yane Marques (@pentayane) em
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