No Sunderland, Di Canio nega acusações de racismo

AE-AP
01/04/2013 às 12:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:26

A contratação do ex-jogador Paolo di Canio como técnico do Sunderland causou mudanças no clube e grande repercussão no futebol inglês. O vice-presidente da equipe renunciou ao seu cargo e o italiano classificou como "estúpido e ridículo" os comentários de que ele seria racista. "Eu não tenho problema com ninguém. Falar sobre racismo? Isto é absolutamente estúpido e ridículo", disse Di Canio, em um comunicado oficial.

David Miliband, que já foi ministro do Exterior da Grã-Bretanha, deixou a vice-presidência do Sunderland e citou o passado de apoio ao fascismo de Di Canio para justificar a sua decisão. Ele declarou que renunciou "à luz das declarações políticas no passado do novo técnico".

O treinador italiano também foi defendido por Margaret Byrne, chefe-executiva do Sunderland. "Tem sido muito decepcionante ler a reação de alguns à nomeação de Paolo. Acusá-lo agora de ser racista ou de ter simpatias com o fascismo é um insulto não só para ele, mas para a integridade deste clube de futebol".

Di Canio assinou contrato por dois anos com o Sunderland e substituirá Martin O'Neill, demitido após a derrota para o Manchester United no último sábado, que manteve a equipe a um ponto da zona de rebaixamento no Campeonato Inglês.

O tropeço foi a oitava partida seguida do Sunderland sem vitória. A equipe é apenas a 16ª colocada no Campeonato Inglês, com 31 pontos, e está apenas um ponto à frente do Aston Villa, que está em 18º lugar e hoje estaria rebaixado.

Di Canio atuou no futebol inglês por Sheffield Wednesday, West Ham e Charlton. O treinador, de 44 anos, ficou famoso pelas polêmicas quando era jogador. Com a camisa da Lazio, chegou a fazer gestos fascistas em direção à torcida na comemoração de um gol.
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