Noite celebra feito histórico e exalta orgulho da épica conquista da Taça Brasil de 66

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
07/12/2016 às 23:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:59

Na noite desta quarta-feira (7), no salão Topázio, do Minascentro, na região central de Belo Horizonte, milhares de cruzeirenses se reuniram para comemorar o cinquentenário de um dos maiores títulos da história do clube. Dia para comemorar um feito histórico, data em que toda a nação cruzeirense teve ainda mais orgulho de vestir o manto celeste para exaltar grandes ídolos da épica conquista da Taça Brasil de 1966. 

O tecladista do Skank, Henrique Portugal, foi o mestre de cerimônias ao lado da apresentadora da TV Cruzeiro, Juliana Guimarães. A dupla conduziu todo o evento, que contou com a presença da Orquestra Celeste, banda que cantou hits das arquibancadas. Os músicos Tadeu Franco e Claudio Venturini, vocalista do 14 Bis, também estiveram presentes, assim como o guitarrista do J. Quest, Marco Túlio Lara. Além, claro, dos importantes personagens da conquista: Dirceu Lopes, Procópio Cardoso, Natal, Piazza, Celton e Marco Antônio. 

Raul Plassmann e Tostão, por compromissos pessoais, não participaram da festa, mas deixaram mensagens em vídeo. 

Maria Lúcia Brandi, esposa do ex-presidente Felicio Brandi, recebeu, assim como os jogadores, uma placa comemorativa. O filho do eterno craque Tostão recebeu a homenagem em nome do pai. Os ex-jogadores também foram presenteados com um relógio personalizado da Manoel Bernardes.  

A FESTA

Houve momentos muito especiais na festa, o pedido de um minuto de silêncio pelas vítimas do desastre envolvendo o avião da Chapecoense. E, também, aos cruzeirenses falecidos, mas que tiveram participação importantíssima na conquista da Taça Brasil de 1966, como Carmine Furletti e Felicio Brandi, ex-presidentes do clube, e os ex-jogadores Hilton Oliveira e Pedro Paulo, campeões do primeiro título brasileiro da Raposa, de acordo com reconhecimento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). 

Um dos pontos altos da festa foi a narração, na voz do jornalista Osvaldo Reis, o "Pequetito", do sexto gol celeste na vitória 6 a 2 sobre o poderoso Santos, acontecida em 30 de novembro de 1966. Os torcedores foram a loucura e o autor daquele tento, Dirceu Lopes, quase foi às lágrimas por tamanha emoção. "Eu te amo, Dirceu, te amo", finalizou dessa forma a narração Osvaldo Reis. Nesse momento, Dirceu Lopes não se aguentou e foi às lágrimas, arrancando aplausos da plateia.Guilherme Guimarães 

Outro narrador emblemático na história celeste, Alberto Rodrigues, testemunha ocular daquele importante título, também narrou o gol de Natal, o terceiro da Raposa  na vitória por 3 a 2 no jogo da volta, contra o Peixe, no Pacaembu, no dia 7 de dezembro de 1966.

Uma produção patrocinada pela Associação dos Grandes Cruzeirenses (AGC) e idealizada pelo Canal 100 - detentor de imagens cinematográficas históricas do futebol nacional -, foi exibida e emocionou. Depoimentos dos ex-jogadores e imagens da grande vitória sobre o Santos deixaram os cruzeirenses presentes em êxtase. 

O "Príncipe" Dirceu Lopes foi o grande homenageado pelos torcedores. A cada vez que o ex-jogador aparecia na tela, o nome dele era muito gritado pelos presentes. 

Dirigentes celestes estiveram presentes. O diretor de marketing Marcone Barbosa, o diretor comercial Robson Pires, e Bruno Vicintin, vice-presidente da Raposa, se assentaram na primeira fila. 

O zagueiro Léo, titular de Mano Menezes na equipe principal do Cruzeiro, também esteve no Minascentro e homenageou os grandes ídolos. "São monstros do futebol e a história deles nunca pode ser esquecida. Momento de festa para quem ajudou o Cruzeiro a ser essa enorme potência que é", disse.

Campeão da Copa do Brasil em 1996 com o Cruzeiro, o ex-zagueiro Célio Lúcio também marcou presença na festa. 

ESTILIZADO

O teatro do Minascentro esteve decorado com bandeiras de torcidas organizaras como Máfia Azul, Pavilhão Independente, Torcida Fanati-Cruz (TFC), Cachazeiros e torcida jovem. No palco, um banner de divulgação do evento com os seguintes dizeres: "Uma homenagem especial aos 50 anos do título Brasileiro de 1966". Guilherme Guimarães

O presidente da Associação dos Grandes Cruzeirenses, Bruno Bechelany, subiu ao palco e foi homenageado, junto de outros diretores do grupo. Bechelany foi presenteado com uma camisa oficial numerada com o "66" em alusão ao título importante festejado na noite. 

Francisco José Lemos, ex-presidente do Cruzeiro, também foi homenageado. Com uma história gigante na Raposa, Lemos foi representado pela Rita de Cassia, relações públicas do clube. 

Salomé, torcedora e um símbolo das arquibancadas, também foi lembrada e muito ovacionada. Representante das torcidas organizadas no palco do evento, "Bolão", como é conhecido um dos expoentes das arquibancadas ao longo da história celeste, se emocionou ao receber a homenagem. Nogueirinha, ex-jogador do Palestra Itália, na década de 1940, também foi homenageado em vida. Ele subiu ao palco vestido com uma camisa verde, cor de origem do que hoje se conhece por Cruzeiro Esporte Clube.

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