Convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, o volante Arouca, do Santos, está realizando um sonho, claro, mas tem consciência de que está dando apenas o primeiro passo de uma longa caminhada. "É difícil chegar à seleção, mas mais difícil ainda é permanecer", disse o jogador, nesta terça-feira, no Centro de Formação de Atletas, onde a equipe de Mano Menezes treina para o amistoso de sexta-feira contra a África do Sul, no Morumbi.
Arouca sabe muito bem que pode nem entrar em campo no jogo de sexta-feira, e também no de segunda, no Recife, contra a China. Isso, porém, não o preocupa. "Jogando ou não, o importante é estar na seleção. O convívio com os atletas é importante, aproveitar ao máximo os treinamentos também", considera o santista. "O que não quero é deixar essa oportunidade passar."
Uma oportunidade para Arouca na seleção é algo que já se esperava há bom tempo. Quando ela finalmente apareceu, o Santos ameaçou estragar a festa, pois ficará sem o jogador nas partidas contra Fluminense e São Paulo pelo Campeonato Brasileiro. A ameaça, porém, passou rapidamente, garante o volante. "Eles (os dirigentes santistas) conversaram comigo e eu deixei bem claro que a seleção sempre foi o meu sonho. E eles disseram que iriam deixar eu aproveitar essa oportunidade."
Aos 23 anos, Arouca já faz planos para a primeira camisa da seleção que vestir. "Vou guardá-la, para depois mostrar à minha filha. Ela tem um ano e dez meses e ainda não entende as coisas. Mas um dia compreenderá."
O fato de chegar à seleção no início da reta final de preparação para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo não é encarado por Arouca como uma vantagem. "Muitos jogadores já estão sendo convocados para a seleção há bastante tempo, mas tudo vem a seu tempo. O importante é que a seleção está no caminho certo."
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