(Editoria de arte)
Menos de um ano depois de decidirem a Copa do Brasil de 2017, Cruzeiro e Flamengo se reencontram num mata-mata, agora pelas oitavas da Libertadores. E apesar do curto espaço entre os dois confrontos, a rotatividade característica do futebol brasileiro faz com que os dois clubes iniciem o duelo internacional amanhã, às 21h45, no Maracanã, com equipes bem diferentes em relação à final nacional.
E essa ciranda da bola faz com que o desafio dos comandados de Mano Menezes seja ainda maior, pois o Flamengo ganhou qualidade em relação a 2017. Já o Cruzeiro, nem tanto.
Aspecto decisivo na final do ano passado, o gol flamenguista agora é ocupado por Diego Alves. Naquela decisão foi dividido entre Thiago e Alex Muralha e ambos falharam.
Diego Alves não jogou aquela final, embora já estivesse no Flamengo, por ter chegado ao clube após as inscrições para a Copa do Brasil, mesma situação de Everton Ribeiro, hoje uma das referências do time de Maurício Barbieri.
O goleiro é só uma das quatro mudanças do setor defensivo flamenguista, pois os laterais titulares atualmente, Rodinei e Renê, eram reservas em 2017, e Réver, que hoje tem o garoto Léo Duarte como parceiro, tinha ao seu lado o experiente Juan.
Na frente, apenas o meia Diego permanece, pois Berrío está machucado, Guerrero com o contrato no final não tem jogado, e Everton foi para o São Paulo.
Isso faz com que o Flamengo, que não terá Lucas Paquetá, suspenso, conte com apenas três jogadores que já tinham essa condição há um ano: Réver, Cuéllar e Diego.
GANHOS
O Cruzeiro tem dois ganhos significativos em relação ao time campeão da Copa do Brasil de 2017. O primeiro é voltar a contar com Dedé. E Mano Menezes tem agora dois centroavantes, que são Barcos e Raniel, que estava com problemas físicos no ano passado. Com isso não precisa mais improvisar Rafael Sóbis na função.
Se tem esses dois ganhos, quando se coloca na balança as perdas fica claro que o Cruzeiro “piorou” em relação a 2017. A lateral direita, que era do contestado Ezequiel, amanhã deve ficar com Edílson, em quem o clube investiu muito mais ainda sem retorno. Isso porque o volante Lucas Romero, que vinha sendo improvisado na função, está suspenso.
O segundo volante ao lado de Henrique era Hudson, jogador de maior qualidade numa comparação com Lucas Silva, que era seu reserva.
A intensidade do time de Mano em 2017 vinha do lado esquerdo formado por Diogo Barbosa e Alisson, que não estão mais na Toca II.
Além disso, o craque do time do ano passado, Thiago Neves, faz uma temporada bem abaixo em 2018.
Mais do que nunca, o Cruzeiro precisará contar com a capacidade de Mano Menezes nas competições de mata-mata. E a força do adversário influenciará nas estratégias do treinador. Tanto que os treinos fechados foram antecipados na Toca II, onde o clima é de total mistério.