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Enquanto fazia o gol do título gaúcho (um golaço com direito a caneta), e "humilhava" o ex-capitão da Seleção Dunga, Ronaldinho saberia depois da pancadaria no Morumbi, ocorrido no mesmo dia. E tudo começou por conta de uma embaixadinha provocativa.
A diabrura de Edílson na decisão do Campeonato Paulista 1999 entre Corinthians e Palmeiras entrou para a história. Foi um lance inédito, que ocasiou confusão e encerramento do jogo. O "capetinha" pagou caro pelo ato, e abriu caminho para R10 na Seleção. O cartão de visitas? "Olha o que ele fez, olha o que ele fez".Reprodução / N/A
Edilson provoca e Corinthians x Palmeiras
tem em pancadaria 10 dias antes da Copa América
A Seleção Brasileira, dez dias depois da decisão do campeonato gaúcho e também do carioca (20 de junho) estreava na Copa América do Paraguai diante da Venezuela. O técnico vanderlei Luxemburgo, que não levou Romário e Edmundo, cortou também Edilson por conta da provocação aos palmeireses.
"Nao gostei e o Edílson pode ser cortado. Foi uma coisa feia, que deixou o Corinthians numa situaçao delicada e, ainda por cima, com o título manchado. Um profissional nao faz coisas deste tipo", disse Luxa, à época.
Ronaldinho foi chamado às pressas para se juntar à delegação que já estava em Foz do Iguaçu. Entrou aos 30 minutos do segundo tempo diante da "Vino Tinto", no lugar de Alex. O jogo estava um passeio, 4 a 0 para o Brasil, fora as chances desperdiçadas.
Mas logo o mundo conheceria um talento bruto. R10, quando encostou pela primeira vez na bola, chapelou o zagueiro, dominou na coxa e chutou sem defesas para o goleiro. Com a camisa 21, ele ficou atônito e fez Galvão Bueno ir à loucura.
"É difícil falar que eu imaginava fazer um gol na minha estréia na Copa América. Quando a bola pegou na rede, escureceu tudo. Não sabia se ria ou se chorava. Não sabia na hora como comemorar o gol", disse Ronaldinho, um dia depois daquele 30 de junho de 1999.