Olympiacos bate Pinheiros de novo e é campeão mundial

Marcius Azevedo
06/10/2013 às 14:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:06

A tarefa do Pinheiros era das mais árduas. Após perder o primeiro jogo da final da Copa Intercontinental para o Olympiacos por 81 a 70 na sexta-feira, o time brasileiro entrou em quadra neste domingo, no Ginásio José Corrêa, em Barueri, necessitando vencer por 12 pontos de diferença para ser campeão. A equipe de Claudio Mortari fez novamente um jogo duro contra os gregos, principalmente no primeiro tempo, mas perdeu por 86 a 69 e viu o título mundial ficar com os europeus.

O cestinha do Olympiacos foi Georgios Printezis, com 16 pontos. Os gregos contaram ainda com boa atuação do armador Spanoulis, que soube ditar o ritmo da equipe e tirar proveito da vantagem construída no primeiro jogo, além de um trabalho forte dentro do garrafão. Shamell, com 27, foi o maior pontuador do Pinheiros e do segundo jogo da decisão.

O Pinheiros começou com uma mudança em relação ao primeiro jogo. Mortari colocou o pivô Morro no lugar do norte-americano Toyloy. A equipe quase não trabalhou dentro do garrafão na derrota de sexta. O Olympiacos também optou por uma formação diferente. O técnico Giorgios Bartzokas trocou duas peças, além de exigir uma postura mais agressiva na marcação. Os gregos procuravam impedir os arremessos de três pontos do Pinheiros.

A postura deu resultado. O Olympiacos começou melhor e conseguiu abrir uma vantagem de seis pontos. Aos poucos, o Pinheiros soube ler melhor o jogo, aproveitou os espaços para infiltrações, sofreu faltas e mostrou eficiência nos lances livres. A defesa por zona também era aguerrida, dificultando o trabalho ofensivo dos gregos. O primeiro quarto terminou com apenas um ponto de vantagem para o campeão europeu: 22 a 21.

O Pinheiros pulou na frente do placar logo no primeiro ataque do segundo quarto, com uma cesta de Joe Smith da cabeça do garrafão. Mas o Olympiacos não é qualquer equipe. Bastaram algumas falhas defensivas para os gregos abrirem uma vantagem de sete pontos (30 a 23), a maior na partida. Mortari pediu tempo e tratou de arrumar a casa. Deu certo. O time brasileiro fez sete pontos consecutivos e empatou o jogo.

A resposta do Olympiacos veio com duas enterradas espetaculares. Primeiro com Petway e depois Dunston, deixando o time europeu novamente à frente no placar. Os gregos fizeram ainda mais três pontos sem que o Pinheiros pontuasse, ampliando para sete sua vantagem. Rafael Mineiro deu esperança com uma bola de três, mas o primeiro tempo terminou com o campeão europeu vencendo por 40 a 33.

O aproveitamento da linha de três pontos da equipe brasileira foi novamente ruim, como havia ocorrido no primeiro jogo: 27%, com três acertos em 11 tentativas. O Olympiacos foi bastante eficiente, com 57% (4/7). Georgios Printezis foi o cestinha dos gregos na primeira metade da partida, com nove pontos. Pelo Pinheiros, Shamell foi o maior pontuador com dez.

A vantagem do Olympiacos era confortável não apenas pelo sete pontos que conseguiu antes do intervalo. A equipe grega jogava com o 18 pontos que construiu somando os dois jogos. O armador Spanoulis tratou de usar toda sua experiência para, aos poucos, minar qualquer chance de o Pinheiros encostar. Era o time brasileiro ameaçar um pouco no placar para o melhor jogador das finais da última Euroliga acelerar o ritmo novamente.

Com o Pinheiros pressionado pelo cronômetro, o Olympiacos se aproveitava dos erros em propulsão da equipe brasileira gerado pela ânsia de definir com rapidez o ataque para sair em velocidade na transição e ir ampliando ainda mais sua vantagem. O garrafão do time de Mortari virou uma convite para os gregos pontuarem. O terceiro período acabou com uma vantagem de 14 pontos para os europeus: 64 a 50.

O último quarto foi apenas uma mera formalidade para confirmar o título dos gregos. O Pinheiros até tentou manter o seu jogo, procurando trabalhar para converter os chutes de fora, mas o Olympiacos continuou jogando com consistência defensiva. No ataque, Spanoulis sempre conseguia encontrar alguém livre na frágil e desatenta defesa do time brasileiro. Mesmo depois que o armador foi para o banco nada mudou. No fim, o campeão europeu venceu com folga por 86 a 69.
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