O diretor jurídico do Palmeiras, Piraci Oliveira, afirmou nesta quarta-feira que o clube possui uma nova evidência de que houve uma interferência externa na decisão do árbitro Francisco Carlos do Nascimento de anular um gol marcado pelo atacante argentino Hernán Barcos na derrota por 2 a 1 para o Internacional, no último sábado, em duelo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o dirigente, o time possui um vídeo em que é possível observar que o juiz pede auxílio a Jean Pierre Gonçalves Lima, o quarto árbitro, para tomar uma definição sobre o lance.
"O quarto árbitro estava 70 metros distante fazendo uma substituição do Inter, inclusive com a placa na mão. Quando o árbitro dá o gol, ele ganha tempo, recua e a leitura labial é clara: 'Veja aí, veja aí'. Depois disso é que ele cancela o gol. A nossa tese é que o delegado da CBF perguntou a um repórter e então comunicou o quarto árbitro que comunicou o árbitro. A questão é que a informação vem de fora", disse o dirigente em entrevista à Rádio Estadão ESPN.
Piraci disse que o Palmeiras luta por uma "questão de princípios" nesse caso, mesmo reconhecendo que o gol de Barcos foi feito com a mão. Assim, na visão do Palmeiras, Francisco Carlos Nascimento pediu ao quarto árbitro para lhe ajudar. Jean Pierre Gonçalves Lima teria conversado com o delegado da partida, que teria recebido a informação de um jornalista que o lance foi ilegal.
"O Palmeiras luta por um princípio. A arbitragem é muito ruim no campeonato. A gente nunca entrou com processo contra erros de fato. Na minha opinião, o Palmeiras ganha os próximos jogos e não cai. Nós estamos tentando corrigir um erro de princípio", afirmou.
O Palmeiras entrou com um processo pedindo a anulação do jogo, alegando que o árbitro só anulou o gol após uma interferência externa de alguém que viu a imagem da TV do lance para comunicá-lo que o gol foi marcado com um toque na bola com a mão. A Fifa proíbe esse tipo de interferência.
Nesta terça-feira, o STJD avisou que o caso será julgado, em data ainda não definida. Enquanto isso não ocorre o tribunal solicitou que o placar e os pontos da partida não sejam computados pela CBF na classificação do Campeonato Brasileiro.
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