Palmeiras joga última cartada na luta para não cair

Daniel Batista
17/10/2012 às 07:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:17

Após a derrota para o Náutico no último domingo, muitos torcedores do Palmeiras jogaram a toalha e passaram a encarar a Série B como uma realidade para 2013. Mas os jogadores, a comissão técnica e a diretoria do clube ainda não se entregaram. Assim, acreditam que nesta quarta-feira, diante do Bahia, às 19h30, no Estádio Pituaçu, em Salvador, seja a derradeira chance de se manter vivo na briga para escapar da desesperadora zona de rebaixamento do Brasileirão.

A partida em Salvador está sendo encarada pelos palmeirenses como o tradicional "jogo de seis pontos". É claro que o jogo vale só os três pontos habituais, mas, pela colocação das duas equipes, ganha ares de realmente valer mais do que o normal. O Palmeiras ocupa a 18ª colocação, com 26 pontos, nove a menos do que o Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento.

Uma vitória palmeirense faz a diferença cair para seis pontos e os ânimos serem renovados. Em caso de derrota, a diferença vai para 12 pontos, quando faltariam apenas sete rodadas para o final do campeonato. "Nós precisamos mentalizar o que podemos fazer de melhor para um ajudar ao outro. Eu confio no grupo e sei que faremos o jogo de nossa vidas. Quem jogar vai suar sangue para vencer", disse o zagueiro Maurício Ramos, que apareceu nas últimas rodadas como um dos líderes do elenco, sempre com discurso otimista.

Até mesmo a diretoria admite que o confronto desta quarta-feira é realmente uma decisão e que um tropeço pode significar a queda. "Temos um jogo com o Bahia, um divisor de águas. É o momento de somarmos forças e entendermos que nossas possibilidades passam por esse jogo", disse o gerente de futebol do clube, César Sampaio.

Mas a vida do Palmeiras não será nada fácil. Pelo contrário. Além de todas as dificuldades técnicas da equipe - seja pela qualidade de alguns atletas ou pelos desfalques -, o maior adversário nesse momento é o fator psicológico. "Não dá para dormir. Você fica pensando nesse momento ruim, nem eu nem minha família dormimos direito", admitiu Maurício Ramos.

Em meio a tudo isso, o técnico Gilson Kleina quebra a cabeça para montar o time. Dessa vez, ele não conta com o lateral-esquerdo Juninho e o zagueiro Thiago Heleno, ambos suspensos, além de Valdivia, Correa e Maikon Leite, todos machucados.

Por outro lado, Maurício Ramos e Henrique, que estavam suspensos na última rodada, voltam ao time. Mas a grande notícia, de fato, é o provável retorno do atacante Barcos. A diretoria arma um esquema especial para que ele consiga chegar a Salvador antes da partida, já que estava até a noite de terça-feira com a seleção argentina.

Outro reforço importante é Marcos Assunção. O volante melhorou das dores que vinha sentindo no joelho direito, que impediram sua presença na derrota para o Náutico, e viajou na noite de terça-feira para se juntar à delegação palmeirense em Salvador. Ele ainda fará testes antes do jogo, mas deve enfrentar o Bahia.

Com tantos problemas, Gilson Kleina resolveu dar uma chance para o garoto Patrick Vieira. O meia de 20 anos, revelado pelas categorias de base do clube, faz seu segundo jogo como titular, o primeiro sem ser pelo time misto. Ele será o responsável pela organização das jogadas.
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