Um clima de tensão era esperado para o desembarque da delegação do Palmeiras na manhã desta quinta-feira, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dia depois de o time cair por 3 a 1 diante do Vasco e se complicar ainda mais em sua luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Porém, o local acabou não contando com a presença de torcedores e o esquema reforçado de segurança montado pelo clube e pela própria Polícia Militar se mostrou inútil, até pelo fato de que os jogadores deixaram o aeroporto pela pista e nem passaram pelo saguão de desembarque.
Cerca de 15 policiais militares, além de seguranças do Palmeiras, se posicionaram no saguão para proteger os atletas de possíveis protestos. Entretanto, o clube resolveu mudar os planos iniciais que previam a passagem da equipe pelo saguão e, após receber autorização da Infraero, conseguiu fazer os jogadores deixarem o aeroporto pela pista de pouso, onde um ônibus apanhou os mesmos.
O temor por possíveis protestos fez a delegação palmeirense sair do local, inclusive, em um ônibus alugado e sem nenhuma identificação do clube, diferentemente do que normalmente acontece. Sem utilizar o veículo que estampa o símbolo e as cores da equipe, os atletas partiram em direção ao CT palmeirense.
Após a chegada a São Paulo, o Palmeiras começou a traçar os seus planos para o clássico deste domingo, contra o Corinthians, no Pacaembu, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro. E está marcada para a tarde desta quinta-feira uma reunião do técnico Luiz Felipe Scolari com o presidente do clube, Arnaldo Tirone, o vice-presidente Roberto Frizzo e o gerente de futebol César Sampaio. No encontro, Felipão poderá selar o fim de sua segunda passagem pelo time, embora siga com grande prestígio pela história vitoriosa que ostenta na equipe.
Na última quarta-feira, após o jogo com o Vasco, Sampaio e Frizzo chegaram a conversar com o treinador em São Januário, mas não tomaram nenhuma decisão porque Tirone não estava presente. Felipão, entretanto, confirmou por antecipação a reunião na qual deverá ser definido se ele continuará ou não no comando do clube.
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