Os jogadores do Palmeiras convivem com sentimentos distintos e negativos nos últimos dias. Junto com o medo do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e de uma possível reação violenta da torcida palmeirense, está também a vergonha de fazer um grande clube do futebol brasileiro estar à beira da queda para a Série B.
"Lutamos e não conseguimos o objetivo, a frustração é grande demais. Você tem de reanimar e passar confiança. Torcedor e nós não queríamos estar nessa situação, já que ninguém quer manchar o currículo com o descenso. O sentimento de vergonha é grande. Queremos dar retorno e resposta e por isso não vejo ninguém satisfeito com a situação", garantiu o técnico Gilson Kleina.
O treinador quer que os jogadores não deixem de acreditar e nega a possibilidade de o jogo contra o Atlético-GO, no próximo dia 25, pela penúltima rodada do Brasileirão, ser realizado fora de São Paulo para evitar problemas com a torcida. "Se fizesse isso, estaria fugindo da situação que criamos. Temos de dar a cara para bater e ter coragem. Ir para campo com dignidade", destacou.
O zagueiro Henrique, um dos líderes do elenco, destaca a dedicação da equipe em campo. "Estamos correndo e lutando. Tem sido assim há muitas rodadas. A culpa é nossa, não tem o que falar. Demoramos para reagir, mas não vamos jogar a toalha. Buscamos a superação uma vez neste ano quando fomos eliminados do Paulista e conquistamos a Copa do Brasil", analisou o palmeirense.
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