(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Na boca dos torcedores do Cruzeiro e apontado como um dos responsáveis diretos pelo rebaixamento da Raposa para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, o ex-presidente Wágner Pires de Sá parece seguro do contrário. Em entrevistas recentes, inclusive, se mostrou tranquilo e certo de que a "luta política" dentro do clube foi o que fez o multicampeão chegar ao fundo do poço.
"Quando eu assumi (a função de presidente), ganhei uma eleição democrática contra quatro ex-vices presidentes e um presidente do Conselho. Talvez, isso tenha incomodado o grupo. Desde então, vieram me combatendo com um programa regular de denegrir a minha imagem pessoal. Desde que assumi, coloquei o Zezé (Perrela), que na época foi meu adversário, na presidência do Conselho, para que se apaziguasse esta luta interna", contou Pires em entrevista à Espn Brasil.
"Todos os times rebaixados tinham lutas internas e está mais uma vez comprovado que, se isso for mantido, as dificuldades vão continuar. Vamos dar as mãos agora nesta nova eleição que estar por vir e elevar o Cruzeiro ao patamar que lhe é reservado no futebol brasileiro", acrescentou. Ainda de acordo com o ex-mandatário, ele tem quase a certeza absoluta de que a queda para a Série B foi ocasionada por esta guerra interna em busca de poder.
Pai de Santo
Sobre a contratação de um Pai de Santo para tentar evitar a queda de divisão na competição mais importante do país, Wágner rechaça ter qualquer tipo de participação.
Leia mais:
Para não cair, Cruzeiro ‘apelou pra pai de santo’ em 2019, mas não pagou; confira documentos
"Eu não participei desta negociação. Pelo o que eu li nos jornais, foi um acerto entre nisso supervisor Benecy Queiroz e o vice-presidente Zezé Perrela. Foi uma coisa deles e eu não participei. Falaram que havia assinatura minha e não foi verdade e não tive participação neste episódio", finalizou.