(Reprodução/Twitter)
A Bolívia assusta apenas na altitude. Nestas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, a seleção só somou pontos quando jogou em casa, mas na opinião do atacante Juan Carlos Arce, diante do Brasil nem mesmo os 3,6 mil metros acima do nível do mar devem ser capazes de oferecer alguma resistência aos líderes da competição.
O diagnóstico pessimista do jogador que passou pelo Corinthians em 2007 se baseia na qualidade dos adversários. "Todos falam da altitude, mas vejo que a maioria das seleções vêm para cá e joga de igual para igual. Essa questão tem muito mais peso de mito do que de realidade. A altitude traz um grande peso psicológico. Ela se sente, claro, mas não chega a ser um empecilho para se jogar futebol. Acho que o Brasil não vai ter esse inconveniente porque pelos jogadores que tem, pode fazer um grande jogo. No esporte, todos têm totais condições de superar esse problema", afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Arce atualmente defende o Bolívar e já está ambientado à altitude. O ar rarefeito é um desafio à ambientação até mesmo de colegas de seleção que não moram na cidade. A fragilidade da seleção boliviana, goleada pelo Brasil no ano passado por 5 a 0 em Natal, não inspira tantos cuidados quanto as condições de La Paz.
Sem chances de ir à Copa que será realizada na Rússia, a Bolívia sonha com a façanha de tirar pontos do Brasil. "Sabemos que vamos enfrentar possivelmente a melhor seleção do mundo e tentaremos fazer uma grande partida. Podemos ter chance de empatar, quem sabe", disse Arce.
BRASIL - Com um planejamento bem diferente do habitual para tentar diminuir os efeitos da altitude de La Paz, a seleção brasileira chegará à capital boliviana apenas na tarde desta quinta-feira, três horas antes da partida. A delegação viajou no fim da tarde desta quarta para Santa Cruz de la Sierra e ficará concentrada por lá até o até o fim da manhã, quando enfim viajará à capital boliviana. Duas horas depois do jogo, o grupo já inicia a viagem a São Paulo.
Segundo integrantes da comissão técnica, a logística visa diminuir os sintomas de quem não está acostumado a altitudes como a de La Paz, de 3.600 metros, como náuseas e dores de cabeça. Além da viagem em cima da hora, a CBF também providenciou 11 cilindros de oxigênio. A ideia é que os titulares os utilizem por pelo menos cinco minutos no intervalo da partida. A alimentação dos jogadores também terá reforço de carboidratos.
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