Para o jogo com o Tupi, Deivid troca quarteto ofensivo por três no meio campo

No planejamento do técnico Deivid, o Cruzeiro começará a mostrar futebol convincente a partir da quarta rodada do Campeonato Mineiro. Mas no compromisso contra o Tupi, hoje, às 17h, no Mineirão – terceiro jogo da equipe celeste na competição –, a China Azul torce para que a estimativa do treinador seja adiantada.

Afinal, nas primeiras exibições da temporada, o sistema defensivo da Raposa deixou a desejar, o que chamou a atenção da torcida. Por isso, Deivid resolveu testar uma formação diferente da que vinha sendo utilizado.

Aos invés do quarteto ofensivo, o treinador optou pelo sistema com três homens no meio de campo, semelhante ao adotado pelo ex-técnico Mano Menezes na reta final do Brasileirão de 2015.

Nos treinamentos da semana, Deivid testou o Cruzeiro com uma espécie de losango no setor central do campo. Henrique ficou mais recuado, Ariel Cabral caiu pela esquerda e Marcos Vinícius ocupou o lado direito. Novidade entre os titulares, o argentino Sánchez Miño fez o papel de armador.

A nova escalação, pelo menos na teoria, deixou o Cruzeiro mais compactado na marcação, sem espaços no meio, como ocorrido ultimamente.

Deivid, no entanto, ressalta que o esquema não é com três volantes, mas admite que a formação com quatro homens de frente não vinha funcionando. “Não são três volantes. Marcos Vinícius é um meia, Ariel é um meia. Estou buscando a melhor forma de jogar. O Cruzeiro sempre vai ter que propor o jogo, atacar, mas com equilíbrio, para não ser surpreendido, como aconteceu diante do Tombense”, avalia Deivid.

“Jogamos com quatro atacantes e a formação não encaixou, pois os jogadores da frente não estavam voltando como achamos que seria”, emenda o treinador.

Novas ideias

Os jogadores revelam que a equipe ainda está assimilando as novas ideias implementadas pelo treinador. De volta a equipe titular, o zagueiro Dedé acredita em evolução do time na partida contra o Tupi.

“O Deivid optou por colocar a formação que jogávamos no ano passado, para nosso time ter apoio maior defensivamente e ofensivamente. É uma formação que todos treinavam, exceto eu e o Sánchez (Miño). O resto está bem consciente do que é para fazer, então fica mais fácil uma adaptação”, diz o camisa 26.

O lateral Mayke compartilha a opinião do companheiro. “Com o decorrer das partidas, vamos chegar no ponto que o Deivid quer. Ele vem tentando fazer o melhor para o Cruzeiro, tem opções de qualidade, isso é bom para o treinador”, observa.