Paraguai costuma fazer o papel de carrasco da seleção brasileira na Copa América

Estadão Conteúdo
27/06/2019 às 08:59.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:17
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Se na Copa do Mundo o Brasil tem a França e a Alemanha como alguns dos principais algozes, quem faz o papel de carrasco na Copa América é o Paraguai, o adversário desta quinta-feira em Porto Alegre. O país vizinho não perdeu os quatro últimos encontros contra a seleção brasileira pela competição e foi o responsável pelas eliminações nas edições de 2011 e 2015, exatamente nas quartas de final.

A oportunidade de revanche mexe com boa parte dos jogadores do elenco atual. Dos 23 convocados pelo técnico Tite, oito estiveram na Copa América do Chile, em 2015, na queda diante dos paraguaios na disputa por pênaltis.

O zagueiro Thiago Silva, na ocasião, cometeu um pênalti no jogo por toque de mão na área. A falha permitiu ao Paraguai empatar por 1 a 1 no tempo normal. O defensor e o lateral-direito Daniel Alves estiveram ainda na eliminação de 2011, na Argentina, para o mesmo rival sul-americano.

Nesses dois compromissos, a seleção brasileira foi superada nos pênaltis. No entanto, o Brasil vive momento bem melhor do que o do adversário. Enquanto o time de Tite vem de vitória por 5 a 0 sobre o Peru, os paraguaios avançaram com somente dois empates e uma derrota, a pior campanha entre os oito finalistas. "A gente não deixa se empolgar. Nós soubemos absorver o último resultado. Temos de saber o perigo que a gente corre", comentou.

O Paraguai tem sido um grande incômodo em Copas América há 15 anos. Em 2004, a seleção brasileira perdeu por 2 a 1 pela fase de grupos, para depois se recuperar e terminar como campeã. Depois foram mais dois encontros em 2011, um pela primeira fase e outro nas quartas de final, e mais a última partida, em 2015. A última vitória brasileira sobre os vizinhos paraguaios pelo torneio foi em 2001, na edição da Colômbia, por 3 a 1.

Tite encarou e venceu por 3 a 0 o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em março de 2017, um ano antes do Mundial, mas o adversário mudou bastante.

O técnico na época era o lateral-direito Francisco Arce e agora é o argentino Eduardo Berizzo, o responsável por dar espaço a outros jogadores. Uma das apostas dele é um antigo algoz de Tite. O atacante Federico Santander estava no Guaraní em 2015, quando marcou e ajudou a eliminar o Corinthians da Copa Libertadores daquele ano. O jogador está agora no Bologna, da Itália, e só foi titular na Copa América na estreia contra o Catar.

Berizzo não escondeu o plano de jogar no contra-ataque para, mais uma vez, surpreender o Brasil. O Paraguai até agora não venceu na Copa América, mas se apega ao exemplo da edição de 2011 da competição, quando chegou à final graças a empates e vitórias nos pênaltis. Na ocasião, a equipe não ganhou uma partida sequer na disputa.

"Vamos ter uma equipe que defende com precisão e qualidade, além de poder armar contra-ataques rápidos. Contra o Brasil, vamos provar nossa qualidade. Temos de parar o ataque deles, apesar de sermos uma equipe ainda em construção", disse o treinador paraguaio.
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