Pato tem tratamento de jogador 'comum' no Corinthians

Raphael Ramos e Vítor Marques
12/01/2013 às 10:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:33

A sala de imprensa ficou lotada, somente de jornalistas, para a entrevista de Pato. Não havia festa e foi permitida apenas a entrada do presidente da Gaviões da Fiel, Antônio Alan Souza Silva, conhecido como Donizete. Não estavam presentes na apresentação o presidente Mário Gobbi nem os responsáveis pelo departamento de marketing.

Pato teve um tratamento de jogador comum. O presidente manteve a postura distanciada, como fez na chegada de outros atletas. Assim passou a imagem de que trata todos de modo igual. A conversa que Gobbi teve com Pato aconteceu antes da apresentação e no Parque São Jorge. Tudo longe das câmeras. O clube sequer cogitou levá-lo à Fazendinha e apresentá-lo à torcida, como foi com Ronaldo e Roberto Carlos.

Transformar Pato em um jogador comum é, além de uma ordem da diretoria, uma meta da comissão técnica. O motivo é um só: Tite montou um time campeão sem estrelas. E nem um astro pode ter privilégios.

"De tudo que saiu na imprensa, dos valores que saíram (de salários), a única coisa que tenho de mostrar é dentro de campo, nos vestiários, tenho certeza de que vou dar meu melhor", afirmou Pato. O rendimento do atacante, o seu salário fixo, será apenas um pouco mais alto que o teto salarial do clube, cerca de R$ 450 mil, na faixa de Paulinho e Emerson.

O Corinthians acredita que Tite saberá lidar bem com Pato no elenco e que o técnico vai administrar a fogueira de vaidades que sua chegada poderá provocar - principalmente se Emerson virar reserva.

Pato ouviu do único torcedor presente na apresentação que a Gaviões da Fiel cobra apenas empenho dos atletas. "E você nem precisa comemorar gols contra o Inter (ex-clube de Pato), marque que a gente comemora", disse Donizete.
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