Pênaltis inventados e gols mal anulados marcam a 21ª rodada do Brasileirão

Guyanne Araújo - Hoje em Dia
16/09/2014 às 07:59.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:13
 (Ide Gomes)

(Ide Gomes)

“Fui assaltado pela última vez!”. O protesto em tom de desabafo do presidente Alexandre Kalil, do Atlético, na noite do último domingo, após o empate sem gols com o Grêmio, no Independência, quando seu time teve invalidado, de forma equivocada, pelo árbitro baiano Jaílson Macedo Freitas, um lance que terminou com um gol do atacante Luan, é a manifestação mais contundente após uma rodada da Série A que escancarou a crise pela qual passa a arbitragem brasileira.

Com o resultado, o Atlético perdeu a chance de se aproximar da briga pelo G-4, pois terminou a 21ª rodada na oitava posição, com 31 pontos, cinco a menos que o Corinthians, que abre o grupo dos quatro primeiros. Nas dez partidas disputadas no último fim de semana, pelo menos cinco erros graves foram cometidos, e a influência da arbitragem no placar não se restringiu ao confronto entre atleticanos e gremistas no Independência.

Outras duas partidas – Flamengo 1 x 0 Corinthians e Santos 2 x 1 Coritiba – tiveram influência direta de quem as comandou no resultado final.

Os maiores absurdos foram cometidos no Maracanã. A vitória rubro-negra saiu de um gol do zagueiro Wallace, após Eduardo Silva, que estava em posição irregular, ajeitar a bola para o companheiro, que passou a ficar impedido.

A dupla irregularidade não foi assinalado pela arbitragem, o que decretou o triunfo dos cariocas por 1 a 0.

Depois, o árbitro Sandro Meira Ricci ainda marcou um pênalti inexistente a favor do rubro-negro, mas a cobrança de Eduardo da Silva foi defendida por Cássio.

No final da partida, o assistente Elan Vieira de Souza, o mesmo que deixou de marcar impedimento no lance do gol flamenguista, apontou uma posição irregular inexistente de Eduardo da Silva.

Na Copa do Brasil, o Flamengo já tinha sido beneficiado na sua classificação sobre o Coritiba, nas oitavas de final, pois na vitória por 3 a 0, no jogo de volta, no Maracanã, o segundo gol surgiu de um pênalti inexistente marcado pelo árbitro Wagner Reway, do Mato Grosso.

O técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, um dos maiores críticos da arbitragem, minimizou a ajuda: “Erros e acertos acontecem. Não vou tirar o mérito dos meus jogadores, que fizeram uma grande partida”.

Prejudicado, o Corinthians ficou na bronca. O presidente do clube, Mário Gobbi, entrou em contato nessa segunda-feira (15) com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para manifestar sua insatisfação em relação à arbitragem de Sandro Meira Ricci.

Vila Belmiro

No sábado à noite, na Vila Belmiro, Santos x Coritiba teve outra polêmica. O lance que daria o empate ao Coxa, quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Peixe, foi invalidado pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique, que atendeu à marcação de um dos seus assistentes.

Aos 31 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Luccas Claro anotou um tento, mas a arbitragem interpretou que Zé Love, que não participou do lance, estaria em posição irregular, numa interferência muito menor, por exemplo, que a de Ricardo Goulart no primeiro gol do Cruzeiro nos 3 a 0 sobre o Santos, no Mineirão, em 17 de agosto.

O treinador Marquinhos Santos lembrou ao fim da partida que o erro não foi o primeiro. “Lamento, porque é a terceira ou quarta vez que o resultado final do jogo é alterado e prejudica o Coritiba”, disse o técnico.

Outro lance da 21ª rodada questionado foi um pênalti marcado para o Fluminense pelo árbitro Elmo Alves Resende nos 3 a 0 sobre o Palmeiras, sábado, no Maracanã, quando o jogo estava 1 a 0.
 

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