'Pequeno Messi' afegão mantém ilusão de conhecer seu ídolo

AFP
26/02/2016 às 10:19.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:35
 (Wakil Kohsar)

(Wakil Kohsar)

Murtaza, o menino afegão de cinco anos que comoveu o mundo ao vestir uma "camiseta" de Lionel Messi improvisada com um saco plástico, quer se encontrar com seu ídolo, que o presenteou com duas camisas autênticas e autografadas, confessou à AFP nesta sexta-feira (26). Vestido com sua camisa com o número 10 sobre as cores da Argentina, Murtaza Ahmadi chutava a bola sobre um campo de terra de Cabul, onde chegou com seu pai para receber um dia antes os presentes enviados por Messi.

"Quero conhecer Messi", declarou o menino, louco de alegria por ter recebido as duas camisas do astro do FC Barcelona, assim como uma bola, das mãos dos representantes da Unicef na capital afegã.
 
O capitão da seleção argentina escreveu na parte dianteira das camisas, uma da Argentina e outra do Barça, o recado "com muito carinho".  Murtaza emocionou o jogador de futebol e a internet quando começaram a circular fotos do menino afegão vestindo um saco plástico com faixas azuis e brancas que imitava a camisa de Messi. Seu pai é um agricultor e não tem condições de comprar uma camisa de verdade.
 
A embaixada da Espanha no Afeganistão se mostrou disposta a tentar facilitar uma eventual viagem a Barcelona. Mas estes projetos não se concretizaram até o momento, e a presença de Messi no Afeganistão é improvável devido à situação de insegurança que o país vive.
 
"Murtaza está muito feliz por ter recebido as camisas autografadas dadas por Messi, mas ainda deseja conhecê-lo pessoalmente", explica seu pai.
 
Seu tio Yassine é ainda mais ambicioso. Ele pediu ao Barça que "crie um clube de futebol no Afeganistão para que os meninos que têm talento como Murtaza se tornem futuros Messi". O Afeganistão, onde o Barça divide com o Real Madri a preferência da torcida, acompanha com emoção a história de Murtaza.
 
Murtaza vive em Ghazni, uma província oriental do Afeganistão na qual os rebeldes talibãs estão muito presentes.
 
Além disso, é originário da minoria hazara, com frequência discriminada e estigmatizada por pertencer ao braço xiita do Islã, em um país majoritariamente sunita.

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