Pérolas Negras, do Haiti, vira atração internacional da Copa SP

Estadão Conteúdo
01/01/2016 às 09:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:51
 (Reprodução)

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Entre os 112 clubes que vão participar da 47.ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2016, apenas um não é brasileiro. São os haitianos do Pérolas Negras, equipe amadora que contou com o apoio da ONG Viva Rio para participar da competição e sonha em fazer bonito nos gramados paulistas.

A média de idade do time do país mais pobre das Américas é de 18 anos. Como a equipe é amadora, a expectativa é que alguns de seus jogadores consigam atrair a atenção dos clubes brasileiros, recebam oportunidades para jogar no país e, assim, passem a ser profissionais para viver do esporte.

O Pérolas Negras está no Grupo 28 ao lado de Juventus, América Mineiro e São Caetano. A estreia está marcada para o dia 3 de janeiro, domingo, contra o Juventus, o estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari, no tradicional bairro da Mooca, na capital paulista.

OUTROS ESTRANGEIROS - A última vez que um time do exterior participou da Copinha foi em 2014, quando o time japonês do Kashiwa Reysol surpreendeu e avançou da primeira fase até parar na fase seguinte contra o Santos, que goleou os japoneses por 4 a 0.

A ideia de internacionalização da disputa surgiu na década de 80. Os primeiros clubes convidados foram o Providencia, do México, em 1980, o Vélez Sarsfield, da Argentina, em 1981 e 1982, e o Bayer de Munique, da Alemanha, em 1985.

No período entre 1993 e 1997 a Federação Paulista de Futebol (FPF) voltou a convidar times estrangeiros, como o Boca Juniors, da Argentina; o Peñarol, do Uruguai, o Cerro Porteño, do Paraguai; o Nagoya Grampus Eight e Yomiuri Verdy, ambos do Japão, bem como seleções sub-20 do Japão e da China.

Mas a participação estrangeira, normalmente, era negativa, e deixou de ocorrer. Os estrangeiros só voltaram à Copinha em 2010, com o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Em 2014, o Kashima Reysol, foi convidado para participar, inclusive, com uma cota de patrocínio. Na época, o time profissional japonês era dirigido pelo brasileiro Nelsinho Batista. O Reysol foi o primeiro time estrangeiro a romper o tabu de não morrer na primeira fase.

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