Personagem maior do desastre do Cruzeiro em 2020, CRB pode entrar na história como marca da virada

Hoje em Dia - Belo Horizonte
07/12/2020 às 10:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:14
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Adversário do Cruzeiro nesta terça-feira (8), às 21h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, pela 27ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o CRB é a prova maior do caos que vem sendo o futebol celeste em 2020. E pelos confrontos com o time alagoano, é possível contar a melancólica trajetória cruzeirense na temporada.

Essa história começa ainda nos tempos do Núcleo Dirigente Transitório. Na terceira fase da Copa do Brasil, o CRB fez 2 a 0 no time de Adilson Batista dentro do Mineirão, no jogo de ida, em 11 de março. Integrantes do chamado Conselho Gestor decidiram pela demissão do treinador, e ela chegou a ser anunciada por toda a imprensa.Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Léo Gamalho é o maior carrasco cruzeirense em 2020, mas não estará em campo nesta terça-feira, pois já deixou o CRB

Aí, Adilson começou a tirar fotos dentro da Toca II, no refeitório, na sala da comissão técnica, e as imagens eram divulgadas. Integrantes do grupo que comandava o clube receberam pressão pelo vazamento e a demissão foi revogada. Mas aconteceu quatro dias depois, após a derrota de 1 a 0 para o Coimbra, no Independência, pelo Campeonato Mineiro.

Enderson

Em 26 de agosto, um mês após a volta dos jogos para o Cruzeiro, que ficou quatro meses sem entrar em campo por causa da pandemia, foi disputada a partida de volta com o CRB, no Rei Pelé, em Maceió. O time comandado por Enderson Moreira fez um primeiro tempo razoável e saiu de campo com um animador 1 a 0.

Mas aos 18 minutos da etapa final, o zagueiro Léo, um dos símbolos da reconstrução cruzeirense, mas que ficou pelo caminho, escorregou, caiu e a bola sobrou limpa para o centroavante Léo Gamalho, que já tinha feito os dois gols dos alagoanos no Mineirão, decretar o 1 a 1 que eliminou a Raposa.

O foco passou a ser total na Série B, mas com Enderson Moreira por pouco tempo. Em 7 de setembro, o CRB voltou a ser adversário do Cruzeiro no Mineirão, pela 8ª rodada da Segundona.

A pressão já era enorme, pois o time não vencia há quatro rodadas e após a derrota para o América, em clássico disputado em 29 de agosto, no Mineirão, o maior patrocinador do clube, Pedro Lourenço, deu uma entrevista à Rádio Super questionando o trabalho de Enderson e declarando que era favorável à demissão do treinador.

E Enderson caiu, pois no feriado da Independência, Léo Gamalho, que já deixou o CRB e não joga nesta terça-feira, foi mais uma vez carrasco cruzeirense. Após trapalhada de Filipe Machado e Ariel Cabral, ele aproveitou para decretar o 1 a 1 aos 39 minutos da segunda etapa.Bruno Haddad/Cruzeiro

No dia da queda de Enderson Moreira, Marcelo Moreno chegou a fazer 1 a 0 para o Cruzeiro, mas Léo Gamalho decretou a igualdade e o resultado de 1 a 1 provocou a troca no comando técnico celeste

Começou a desastrosa Era Ney Franco no Cruzeiro. O treinador foi contratado sem ter o apoio da torcida. E caiu após sete jogos, com aproveitamento de apenas 33,3%, fruto de quatro derrotas, duas vitórias e um empate com o lanterna Oeste (0 a 0), que foi melhor em campo, na partida que determinou a queda do técnico.

Felipão

O Cruzeiro chegou a acertar com Umberto Louzer, da Chapecoense, que depois rejeitou a proposta de assumir o time. Aí chegou-se ao nome de Luiz Felipe Scolari, que assumiu a equipe na zona de rebaixamento da Série B.

A situação desesperadora já passou, nove pontos separam a Raposa do Z-4, e no último confronto do ano, o CRB, até agora carrasco maior na temporada e exemplo da desastrosa condução do futebol cruzeirense em 2020, pode virar personagem de esperança.

Isso porque, uma vitória no Rei Pelé nesta terça-feira, aumentará as remotas chances de acesso que o Cruzeiro tem neste momento na Série B do Campeonato Brasileiro.

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