Os pilotos da Fórmula 1 torcem para o GP do Brasil continuar no calendário da categoria do próximo ano. A presença de Interlagos em 2017 ainda não está confirmada, já que no cronograma provisório, a etapa apareceu como "sujeita a alteração". A incerteza motivou alguns competidores a manifestarem apoio à continuidade do autódromo paulistano.
O pole position da corrida deste domingo, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, ressaltou a tradição do GP, presente no calendário desde 1973. "Tem corridas em que não vemos um terço do público presente em Interlagos. Torço para que continue, mas entendo que é necessário colocar muito dinheiro nesse evento e isso poderia propiciar muita coisa para este País e quem mora aqui", explicou Hamilton.
O Estado de S. Paulo revelou neste sábado que a saída de dois importantes patrocinadores, Petrobras e Shell, vai fazer o GP fechar com prejuízo de R$ 98 milhões neste ano. A despesa é coberta pela Formula One Management (FOM), empresa responsável por gerenciar a competição. O chefe da categoria, Bernie Ecclestone, disse neste sábado ao site Motorsport que não garante a continuidade da etapa.
Pela última vez, é dia de Felipe Massa no GP do Brasil. Domingo promete ser de emoção
GP do Brasil dá prejuízo de R$ 98 mi e pode influenciar futuro da corrida na F-1
Sai o pré-calendário da Fórmula 1 para 2017. Brasil depende de acordo para manter GP
O vencedor das duas últimas edições, o alemão Nico Rosberg, endossou o apoio de Hamilton, companheiro de Mercedes. "Eu espero que possamos voltar em 2017, porque é uma pista incrível, uma corrida espetacular e a torcida adora. Então, precisamos estar aqui de volta no próximo ano", afirmou neste sábado.
O finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, se sagrou campeão do mundo em 2007 com a vitória no Brasil e lamentou a situação. Para ele, se os pilotos pudesse decidir o calendário, voltariam ao Brasil mais vezes. "Infelizmente, tudo envolve dinheiro. A maior quantia acaba levando a corrida", comentou.