Pinheiros valoriza aprendizado com vice e busca títulos

O vice-campeonato da Copa Intercontinental, neste domingo, não esmoreceu os brasileiros. Os jogadores do Pinheiros deixaram o ginásio José Corrêa, em Barueri (SP), tristes pela segunda derrota para o Olympiacos, da Grécia, mas confiantes pelo nível apresentado pela equipe contra um adversário tão capacitado. O placar ficou em 86 a 69.

"A gente jogou de igual para igual com um dos melhores times do mundo. Qual desculpa nós temos para não jogar forte contra o São José? Contra Bauru? Brasília? Flamengo? Contra os times das Ligas da Américas? Não temos desculpa nenhuma. Esse foi o maior aprendizado. Temos que olhar pra frente", afirmou o ala Jonathan Tavernari.

"Não vamos ser o campeão paulista, brasileiro e bicampeão da Liga das Américas, que são os nossos objetivos, sem nos impor em quadra. Nenhum time que vamos jogar será melhor do que esse time", completou o jogador, que foi contratado no começo da temporada e, desde que chegou, virou titular da equipe.

O técnico Claudio Mortari reforçou o discurso de Tavernani. "Nós fizemos dois bons jogos. A equipe do Pinheiros, principalmente no jogo de sexta e na primeira parte de hoje (domingo), fez o basquete que estava determinado. Eu saio absolutamente feliz dessa competição. Tivemos ousadia, determinação, não nos inibimos, não acovardamos. O importante é entender os nossos limites. O banco foi uma limitação que tivemos nos dois jogos", afirmou o treinador.

"Agora vamos continuar o nosso trabalho. Estamos garantidos na Liga da Américas e vamos brigar pela vaga (na final da Copa Intercontinental) novamente", completou Mortari, que lamentou ter deixado escapar o bicampeonato da Copa Intercontinental. Ele era o comandante do Sírio, campeão em 1979.

O campeão Olympiacos não deixou de elogiar o Pinheiros, procurando enaltecer o feito da equipe. "O Pinheiros mostrou que é um bom time. Tivemos dificuldades no primeiro jogo porque o basquete que se joga aqui é bem diferente do que estamos acostumados na Europa. Hoje (domingo) mexemos em algumas peças e conseguimos fazer um jogo bem melhor para sairmos campeões. Essa é uma sensação fantástica", disse o armador Spanoulis.

Cestinha do time grego na partida deste domingo com 16 pontos, Georgios Printezis, foi outro que fez elogios ao time brasileiro. "Eu vejo que o Pinheiros é um bom time, bem forte. Eles mostraram que são um time rápido, que corre muito, sempre com um bom ritmo de jogo. Quando eles entram no ritmo e se concentram, podem dificultar para qualquer adversário", comentou.

O técnico Georgios Bartzokas admitiu que o que pesou para Mortari foi ter um banco menos qualificado do que o seu. "Não diria que essa diferença (entre o basquete europeu e o sul-americano) é muito grande. O Pinheiros é um time organizado e metódico, que trabalha bem em quadra. A diferença foi o peso do banco. O Pinheiros deixa muito tempo apenas sete jogadores em quadra. O time que troca mais leva vantagem", afirmou.
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