O chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, revelou que a Pirelli receberá permissão para realizar testes de dois ou três dias, em uma tentativa de resolver os problemas com os pneus, expostos no último domingo, quando compostos de quatro pilotos diferentes estouraram durante o GP da Inglaterra, realizado no circuito de Silverstone.
Ecclestone explicou que conversou com o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, que aprovou a ideia da fornecedora de pneus da Fórmula 1 receber permissão para realizar testes irrestritos em data ainda a ser definida. "Deixe-os testar", afirmou Todt, segundo Ecclestone.
De acordo com Ecclestone, a Pirelli, que se envolveu em polêmica recentemente por realizar testes privados com a Mercedes, não terá qualquer restrição durante a atividade futura. "Eles podem usar o que quiserem. Sem restrições. Nenhuma, para que eles possam fazer o que quiserem", acrescentou Ecclestone.
No último domingo, quatro pilotos foram afetados durante o GP da Inglaterra pelo estouro de pneus, incluindo o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, que liderava a prova, e o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari.
Após a prova no circuito de Silverstone, a Pirelli declarou que abrirá uma investigação para apurar as razões do problema anormal de seus pneus, projetando um esclarecimento rápido da situação visando a disputa do GP da Alemanha, no próximo domingo, em Nurburgring. Entretanto, a empresa italiana disse que era muito cedo para apontar a causa dos problemas.
A polêmica de domingo foi apenas mais uma com a Pirelli na atual temporada da Fórmula 1, incluindo os testes privados com a Mercedes, que levaram a equipe e a fornecedora de compostos a serem repreendidas pela FIA. Antes, a Pirelli foi alvo do descontentamento dos pilotos por causa do desgaste excessivo dos seus compostos durante as corridas, o que vinha provocando um número excessivo de pit stops.
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